Plenário
dividido adia votação do piso nacional de agentes de saúde
Ainda
não há nova data prevista para votação do projeto.
Votação
do Projeto de Lei 7495/06, que fixa o piso nacional para os agentes
comunitários de saúde de combate a endemias, com jornada de 40 horas semanais
Depois
de mais de quatro horas de embates, foi adiada a votação do piso salarial dos
agentes comunitários de saúde (PL 7495/06). O Plenário chegou a aprovar, por
268 votos, a urgência do projeto, mas a obstrução liderada pelo PT esvaziou a
sessão no final da noite desta quarta-feira. O presidente da Câmara, Henrique
Eduardo Alves, propôs a votação do projeto no dia 5 de novembro, mas os líderes
não fecharam acordo.
A Votação
do Projeto de Lei 7495/06, que fixa o piso nacional para os agentes
comunitários de saúde de combate a endemias, com jornada de 40 horas semanais
Agentes
comunitários de saúde lotaram as galerias do Plenário da Câmara.
A
votação foi acompanhada por cerca de 200 agentes comunitários de saúde que, das
galerias, pressionaram pela votação do projeto. Eles cantaram o Hino Nacional
duas vezes no decorrer da sessão e gritaram “hoje, hoje” para cobrar a votação
nesta quarta. A sessão chegou a ser suspensa porque os agentes estavam
atrapalhando as falas dos líderes. A pressão foi suficiente para garantir a
votação do regime de urgência.
O
governo inviabilizou a votação do projeto com o objetivo de ganhar tempo para
negociar uma proposta em que o custo do aumento salarial dos agentes seja
repartido com os estados ou com os municípios. Hoje, a União é responsável pelo
custeio desses agentes de saúde e já repassa R$ 950 por profissional, mas parte
dos recursos é retida pelos municípios para pagamento de encargos. Para que
esse valor se torne o piso salarial da categoria, o governo quer que outro ente
sustente o pagamento dos encargos.
Segundo
o Ministério da Saúde, em agosto havia 256,1 mil agentes comunitários de saúde
atuando em 5.424 municípios. A estimativa do ministério é que eles sejam
responsáveis pelo acompanhamento de 125 milhões de pessoas atendidas pelo
programa Saúde da Família.
Veto
do governo
O
líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), anunciou que a proposta
será vetada se houver aumento de gastos do governo federal. “Sou obrigado a
informar que, se aumentar o gasto da União, a não ser que haja uma mudança de
opinião, [o projeto] será vetado. Sob a aparência de avanço, poderá haver uma
derrota no final”, alertou.
Laycer
Tomaz / Câmara dos Deputados
Votação
do PLP 238/2013, que dispõe sobre a renegociação das dívidas de estados e
municípios com a União. Presidente da Câmara, dep. Henrique Eduardo Alves
(PMDB-RN)
Alves
propôs a votação da proposta em novembro, mas não houve acordo entre os
partidos.
O
presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, tentou fechar um acordo para que
a proposta fosse votada no dia 12 de novembro, mas o Plenário se manteve
dividido durante toda a discussão. Ele ressaltou que, se os deputados forçassem
a votação, o resultado poderia ser desfavorável aos agentes, e lamentou o
encerramento da sessão por falta de quórum.
“Eu
quis evitar que esta Casa se submetesse a essa posição constrangedora de não
dar quórum para uma votação que será uma das mais importantes”, disse Alves.
PMDB,
PT, PDT, Pros e PP concordaram com a votação no dia 12, mas minoria, PSB, DEM,
PPS, PV, PSD e PSC foram contra e prevaleceram na tentativa de votar o projeto
ainda nesta quarta.
Desconfiança
O
deputado Roberto Freire (PPS-SP) chegou a dizer que não aceitaria qualquer
acordo patrocinado pelo PT porque o partido descumpriu um acordo feito com o
PSDB durante a votação da Medida Provisória do Mais Médicos (621/13). Parte da
emenda do PSDB acabou vetada pela presidente Dilma Rousseff.
O
líder do PSC, deputado Andre Moura (CE), lembrou que o anúncio da votação foi
feito no dia 25 de setembro, tempo suficiente para se chegar a um texto de
consenso. “Se o acordo não saiu, não foi por falta de esforço dos deputados.
Vamos votar”, afirmou.
No
entanto, para o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), o Plenário optou
pela “solução da hipocrisia” ao insistir com a votação na quarta-feira. “Se
aprovado, o projeto certamente será vetado. Aqui estamos fazendo um palco
eleitoral”, disse.
Luis
Macedo / Câmara dos Deputados
Votação
do Projeto de Lei 7495/06, que fixa o piso nacional para os agentes
comunitários de saúde de combate a endemias, com jornada de 40 horas semanais.
Líder do PMDB, dep. Eduardo Cunha (RJ)
Eduardo
Cunha: o fato de o projeto ser pautado já colocou “nas mesas do Planalto” a
reivindicação dos agentes.
“O
PMDB quer votar algo que seja sancionado, que dê um resultado final positivo.
Se tivermos sabedoria, é necessário um recuo para grande avanço ao final”,
disse Cunha. Ele ressaltou que o fato de a proposta ser pautada já colocou “nas
mesas do Planalto” a reivindicação dos agentes de saúde e reforçou que o
impasse existe porque os municípios não repassam inteiramente para os agentes
de saúde o dinheiro que a União repassa aos municípios.
Prioridades
Os
líderes aliados com os agentes comunitários de saúde, no entanto, não cederam
aos apelos do governo. Eles ressaltaram que o governo tem caixa para sustentar
integralmente o salário dos agentes. “O governo gasta milhões em publicidade
sem justificativa, mas, para garantir recursos para salário digno para agente
de saúde tem de vir peça orçamentária e mil justificativas”, criticou o
deputado Raimundo Gomes de Matos (PSDB-CE).
O
líder da minoria, deputado Nilson Leitão (PSDB-MT), disse que os agentes não
podem ser encarados como um gasto, mas como um investimento, porque esses
profissionais diminuem filas de hospital. “Não é possível que se possa
acreditar que o piso seria um rombo nos cofres públicos. E se fosse, o governo
deveria cortar de outro lado e pagar, para entender o que é prioridade para o
País”, disse.
Com
a falta de acordo, ainda não há data
prevista para a votação do projeto. A partir da próxima segunda-feira (28), a
pauta do Plenário ficará trancada pela proposta do marco civil da internet (PL
2126/11).
Fonte:Bio
do Eliseu
temos que deixar der besta(ACS), as eleições virão aí e vamos ter vergonha na cara e não votar nesse tipo de gente( deputados que não querem valorizar nosso trabalho, enquanto nós ACS trabalhamos correndo atrás de crianças que ficam com vacinas atrasadas, pesando crianças de mês em mês orientando ,e muito mais que se formos colocar aqui em pauta o fazemos não teria espaço. E ficam adiando essa votação é sinal que não nos valorizam e ainda peçam que vai ser despesas para os cofre público, despesas é. É melhor nem dizer
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