Salvador está colhendo os frutos da dedicação e do trabalho duro dispensados pelos agentes de combate às endemias à cidade de Salvador. Um novo estudo sobre a situação da dengue na capital baiana apontou uma redução de 50% do Índice de Infestação Predial (IIP), de 4,2% em junho para 2,1% este mês. Foram visitados mais de 136 mil imóveis.
“Esse resultado serve para reafirmar a responsabilidade que os agentes de combate às endemias, especificamente os agentes de combate à dengue, têm com a sociedade soteropolitana. Eles se esforçam diariamente para que as pessoas não sejam acometidos por essa doença, que já possui quatro sorotipos que circulam pela nossa cidade: o DEN 1, DEN 2, DEN 3 e DEN 4, sendo que este último teve os primeiros casos registrados no final do ano passado. Parabéns a todos esses trabalhadores que estão executando suas funções com excelência e merecem o reconhecimento”, destacou o presidente da Associação dos Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (AACES), Enádio Pinto.
Essa redução caracteriza a cidade em alerta para ocorrência de uma epidemia da doença e pode ser atribuído às intensificações das atividades dos agentes casa à casa, além dos mutirões de limpeza realizados entre os meses de julho e agosto em seis Distritos Sanitários prioritários no combate à doença por registrarem alto índice de infestação: São Caetano/Valéria, Subúrbio Ferroviário, Boca do Rio, Cabula/Beiru e Pau da Lima. Durante os mutirões, foram recolhidas das ruas e dos 2.800 imóveis visitados quase 520 toneladas de lixo e materiais inservíveis, além dos 4.500 depósitos de larvas tratados e 5.100 outros eliminados.
“Mesmo com o salário base de R$ 592, abaixo do salário mínimo, e sem insumos ou ferramentas suficientes, os agentes se empenham todos os dias para conquistar resultados positivos e que interferem diretamente na vida das pessoas. Só queremos um salário digno, melhores condições de trabalho e a valorização desses bravos servidores que salvam diariamente vidas humanas. A AACES, em parceria com o Sindseps, está aqui para apoiar esses trabalhadores e lutar pelos seus direitos”, completa o presidente. Segundo ele, já que para 2014 a gestão municipal prevê um incremento de mais de 50% no orçamento, que “os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias façam parte dessa fatia e recebam um salário mais justo”.
O presidente ressalta ainda que esse trabalho em áreas ainda vulneráveis à proliferação do mosquito aedes aegypti é contínuo e também é importante que a população se mantenha vigilante e colabore com os servidores.
Ainda de acordo com o estudo, 19 bairros distribuídos por 07 Distritos Sanitários (dos 12 existentes) apresentam situação crítica, com elevado risco para ocorrência de uma epidemia da dengue. Em todos eles o índice de infestação está acima de 4%.
Áreas críticas:
Itapagipe: Bairro Machado (6,7%), Boa Viagem (6,8%), Caminho de Areia (4,4%), Roma (5,9%).
São Caetano/Valéria: Alto do Cabrito (6,2%), Bom Juá (5,2%), Bela Vista do Lobato (7,0%), Largo do Tanque (10,8%), Santa Luzia (8,9%).
Barra/Rio Vermelho: Ondina (6,0%).
Boca do Rio: Stiep (4,7%).
Cabula/Beirú: Calabetão (7,2%).
Pau da Lima: Bosque Real (5,5%), Brasil Gás (4,4%), Canabrava (5,0%), Coroado (4,5%), Porto Seco Pirajá (6,6%).
Subúrbio Ferroviário: Itacaranha (5,6%), São Tomé (6,5%).
Fotos: Reprodução/AACES
Fonte: SINDSEPS
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