Profissionais que desempenham funções de agentes comunitário de saúde e agentes de combate às Endemias em Andradas, Minas Gerais, têm relatado ser alvo frequente de violência e assédio durante o exercício de suas atividades. De acordo com informações fornecidas pela prefeitura, desde o início do ano, mais de 50 incidentes foram registrados, abrangendo casos que variam desde abuso moral e sexual até situações de intimidação e perseguição.

Para orientar essas profissionais sobre como agir em situações semelhantes, elas receberam instruções na sexta-feira, 20 de outubro, que incluíram orientações sobre como denunciar esses incidentes. Esse encontro reuniu diversas agentes de saúde de Andradas e foi organizado em resposta a casos de importunação sexual enfrentados pelas profissionais no exercício de suas funções.

A gerente operacional da Atenção Primária e Secundária de Andradas, Giovana Teodoro Silva, explicou: "Nós nos preocupamos com a segurança dessas profissionais, pois recebemos reclamações de que elas estavam sendo alvo de importunação no ambiente de trabalho. Por isso, decidimos realizar uma palestra para que elas compreendam as nuances entre assédio, importunação e perseguição, a fim de se prevenirem e agirem corretamente diante de situações difíceis, evitando que se sintam acuadas."

A prefeita Margot Pioli também destacou a importância desse trabalho de conscientização, enfatizando que as orientações legais podem ajudar a reduzir constrangimentos no ambiente de trabalho.

A psicóloga do Centro de Referência em Assistência Social de Andradas e a delegada da mulher da cidade também participaram do encontro e discutiram os tipos de crimes aos quais as agentes de saúde estão sujeitas durante o trabalho. A delegada enfatizou a importância do afastamento do agressor para garantir a própria segurança das profissionais e destacou que, em muitos casos, acionar a Polícia Militar é a ação apropriada, podendo resultar em prisão em flagrante.

Dados da prefeitura de Andradas revelam que, desde o início de 2023, mais de 50 casos de violência contra agentes de saúde foram registrados. A gerente operacional da Atenção Primária e Secundária, Giovana Teodoro Silva, ressaltou que a importunação inclui não apenas assédio sexual, mas também situações constrangedoras no ambiente de trabalho, como importunar, proferir palavras de baixo calão ou praticar atos que causem constrangimento.

Fonte: G1