O Ministério da Saúde divulgou ontem terça-feira (6), a lista de profissionais brasileiros que confirmaram a participação na primeira chamada do Programa Mais Médicos e os municípios autorizados a receber as ações do programa. A maioria deles (51,8%) atuará nas periferias de capitais e regiões metropolitanas e os 48,1% restantes em municípios do interior de alta vulnerabilidade social, totalizando 404 cidades atendidas nesta chamada. Na Bahia, foi confirmada a participação de 85 médicos que atuarão em 41 municípios (veja a lista).
“Tivemos a confirmação de 1.000 médicos em quinze dias de seleção. Esse é apenas o início do programa, o processo continua aberto e usaremos de todas as estratégias para suprir as mais de 15 mil vagas apontadas pelos municípios”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que ressaltou ainda o maior interesse dos profissionais pelas regiões metropolitanas e cidades próximas ao litoral. “Chama atenção, nesta etapa, a alta concentração de médicos inscritos em apenas 400 municípios com esse perfil”, destacou.
Para o presidente da Associação Brasileira de Municípios, Eduardo Pereira, o fundamental é atender os municípios que precisam de médicos, defendendo, inclusive, a realização de acordos coletivos entre governo ou com universidades para atração de um número maior de profissionais para o atendimento de toda demanda.
Os 938 médicos que assinaram o termo de compromisso para participação no programa representam 6% dos 16.530 profissionais com registro profissional do Brasil que haviam se cadastrado inicialmente no sistema do Mais Médicos. O Ministério da Saúde anunciou que dará mais uma oportunidade aos médicos brasileiros que chegaram a selecionar municípios, mas que não homologaram sua participação.
Este grupo terá até quinta-feira (8) para novamente indicar as seis opções de cidades que desejam atuar, em ordem de preferência e de acordo com as regiões prioritárias do programa. A nova lista será publicada no próximo sábado (10). A próxima chamada de médicos e municípios começa no dia 15 de agosto.
“Com isso, estamos abrindo uma nova possibilidade para que os candidatos brasileiros que não foram alocados possam fazer outra escolha de município e participar do programa”, afirmou o secretário de Gestão da Educação e do Trabalho em Saúde do Ministério da Saúde, Mozart Sales.
O trabalho
As prefeituras têm até 25 de agosto para indicar ao Ministério da Saúde como será feito o deslocamento do profissional e qual será a moradia oferecida ao participante ou se optará por pagar auxílio moradia. Além de ajuda de custo, para compensar eventuais despesas de instalação, o médico receberá também auxílio do município para alimentação.
Estrangeiros
Como definido desde o lançamento do programa os brasileiros têm prioridade no preenchimento dos postos apontados. As vagas remanescentes serão oferecidas primeiramente aos brasileiros graduados no exterior e em seguida aos estrangeiros. Durante a primeira etapa de inscrições, 1.920 candidatos com registro profissional de 61 países manifestaram interesse em participar do programa.
Até quinta-feira (8), os médicos que se formaram no exterior terão que selecionar os municípios com vagas não ocupadas por brasileiros e apresentar os documentos exigidos nos postos consulares. Do dia 10 a 12, os candidatos que cumprirem estas etapas devem homologar a escolha do município onde vão atuar. A lista com os médicos e respectivos locais de atuação será divulgada no dia 13 e após essa data eles poderão se encaminhar às embaixadas para solicitar a emissão do visto.
Todos os profissionais do Mais Médicos serão avaliados e supervisionados por instituições de ensino do País, que aderiram à iniciativa.
Mais Médicos
O Programa Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, que prevê investimento em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde, além de levar mais médicos para regiões onde não existem profissionais.
Os médicos do programa receberão bolsa federal de R$ 10 mil, paga pelo Ministério da Saúde, mais ajuda de custo, e farão especialização em Atenção Básica durante os três anos do programa.
Fonte: Ministério da Saúde
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