Desde que foi anunciada a saída de João Carlos Bacelar da Secretaria da Educação de Salvador, ao lado da notícia veio “colada” a explicação de que o então gestor teria pedido ao prefeito para deixar o cargo porque desejava voltar a ser deputado estadual. A desculpa foi repetida à exaustão durante a cerimônia de transmissão de cargo e o prefeito ACM Neto foi o que mais se esforçou para defendê-la, mas está mesmo difícil acreditar na versão.
Envolto em polêmicas desde que era secretário da pasta no governo João Henrique, Bacelar era o secretário mais criticado do governo municipal e não eram poucos os atores políticos em Salvador que pediam sua cabeça em uma bandeja. Por conta disto, as explicações em torno de deixar o cargo para retomar a vida de deputado e investir em um “estudo” do campo da Educação na Bahia parecem disparatadas.
O prefeito voltou a defender a versão em entrevista coletiva e ignorou o fato de que Bacelar estava envolto há mais de um ano em denúncias de irregularidades e outros assuntos capciosos. Ele revelou que há interesses da continuidade da vida política de Bacelar envolvidos em sua recente decisão.
“nós temos agido com toda a franqueza e com toda transparência. O secretário Bacelar foi a mim no começo da semana passada e comunicou a mim que tinha neste momento outras prioridades no seu projeto político e gostaria de se dedicar a seu mandato na Assembleia Legislativa e construir um mandato a deputado federal e já é de conhecimento público o seu desejo e eu respeitei”, argumentou.
O prefeito parabenizou o ex-secretário por, segundo ele, ter tido a “grandeza” de compreender que as duas agendas eram incompatíveis e ressaltou que Bacelar continuará a dar privilégio à agenda da Educação e que, na Assembleia, será vigilante neste tema em busca de ajudar a gestão na capital. Sobre quaisquer denúncias que envolveram a atuação de Bacelar na pasta, o prefeito achou melhor silenciar.
Fonte: Bocão News
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