A Força Sindical e demais Centrais Sindicais realizaram hoje (06) pela manhã, em frente à sede da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), no Stiep, ato unitário contra o projeto de lei 4330, de autoria do deputado Sandro Mabel (PMDB-GO). O projeto amplia a terceirização e visa flexibilizar e reduzir direitos trabalhistas garantidos na CLT e na Constituição Federal.
Cerca de 500 sindicalistas da Força Sindical, da CTB, da UGT e da CUT estiveram presentes e reafirmaram a posição dos trabalhadores em relação à terceirização, que, na prática, significa subtrações nos direitos trabalhistas, pagar menos salários, discriminação no ambiente de trabalho, precarização das condições do trabalho, falta de isonomia e calote de salários.
De acordo com Nair Goulart, Presidente da Força Sindical BA, os trabalhadores não aceitam imposição e o Congresso Nacional precisa ouvir a classe trabalhadora. “Nós estamos unidos de norte a sul do Brasil e não vamos permitir que esse projeto precarize ainda mais as relações de trabalho no nosso país. O que está sendo proposto nesse projeto é até pior do que precarizar as condições de trabalho, é acabar com o vínculo empregatício.”, disse Nair.
Após o Dia Nacional de Luta com Greves e Mobilizações, no dia 11 julho, foi definido que aconteceriam mais três etapas. Uma delas era retomar a discussão com a sociedade civil sobre o conteúdo do projeto e o papel dos trabalhadores na luta contra o PL 4330.
Para Enádio Careca, Presidente da Associação dos Agentes de Saúde de Salvador, Aaces, a terceirização é um câncer de qualquer serviço. “Hoje, os agentes de saúde de salvador são servidores públicos estatutários, mas, já sofremos na pele o que é a terceirização com atraso de salário, vale-refeição e vale-transporte. A terceirização só traz algo de positivo para o empresariado. Estamos unidos e continuaremos dizendo não ao projeto.”, finalizou Enádio.
Votação
O projeto de Lei 4330 será votado, no Congresso Nacional, entre os dias 13 e 14 de agosto. Até lá a Força Sindical intensificará a mobilização de todas as categorias filiadas à Central e irá informar a população quais são os prejuízos que o projeto pode trazer aos trabalhadores.
Fonte: Assessoria de Comunicação da Força Sindical BA
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