10 junho 2013

Servidores municipais de Salvador retomaram hoje a greve


Em busca de um reajuste de, pelo menos, 15%, dividido em três parcelas (maio, outubro e dezembro), plano de carreira, assistência à saúde e o atendimento à um ponto de reivindicação específico de cada categoria, servidores públicos municipais de Salvador realizaram uma caminhada do Campo Grande à Praça Municipal na manhã desta segunda-feira (10). O protesto, que se encerrou no início da tarde, mobilizou diversos trabalhadores e congestionou o trânsito na região onde era realizada a manifestação e nas imediações. A categoria iniciou hoje a greve e promete mantê-la até que a Prefeitura de Salvador apresente propostas “justas e sérias” para as principais reivindicações.
No último dia 05, o secretário Municipal de Gestão, Alexandre Pauperio, ofereceu um reajuste de 2% retroativo a maio e 3,84% a partir de janeiro de 2014. Diante dessa proposta, a categoria, que tinha suspendido a greve desde o dia 24 de maio para esperar a posição da Prefeitura, decidiu, em assembleia no dia 06 de junho, retomar a paralisação por tempo indeterminado a partir de hoje, obedecendo o aviso de greve com, pelo menos, 72 horas de antecedência.
Organizada pelo Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps), a manifestação contou com o apoio de diversas entidades, como a CTB, a Fettram, a Frente da Transparência, a AACES, a Abasa, a ASGOEGMS, a Assesp, a Astram, ASSUCOM, entre outras.
“Ficou decidido que continuaremos em greve e faremos uma nova assembleia nesta quarta-feira (12), no Ginásio de Esportes dos Bancários, às 9h, no Largo dos Aflitos. Caso a Prefeitura, na reunião de hoje, não dê uma proposta decente, caminharemos até a Fonte Nova, a fim de mostrar a nossa indignação para a população diante da falta de propostas decentes para a nossa categoria. Vamos mostrar que estamos em greve porque a gestão municipal não tem coragem de resolver demandas antigas dos servidores, que tanto carecem de valorização e respeito”, afirmou o diretor do Sindseps, Bruno Cruz.
Segundo ele, somente estão funcionando 30% dos serviços essenciais. “Estão parados: agentes de trânsito, guardas municipais, postos de saúde, Codesal, SUCOP, SEMOP, SUCOM, Salvamar, agentes comunitários de saúde e de combate à endemias, copeiras e merendeiras, usina de asfalto, entre outros vários setores paralisados”, aponta Cruz.
As principais reivindicações dos servidores são a implantação do Plano de Cargos e Vencimentos, de assistência à saúde, enquadramento e reenquadramento dos agentes de saúde no plano de cargos da saúde, reajuste de 15%, entre outras demandas. A fim de conversar com os grevistas e apresentar alguma proposta, o secretário Alexandre Pauperio chamou o Sindseps e associações parceiras para uma reunião hoje (10), às 16h, na sede da SEMGE, nos Barris.
Sindseps
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