Governador abre diálogo com manifestantes
por Bárbara Affonso/ Evilásio Júnior
por Bárbara Affonso/ Evilásio Júnior
Fotos: Manu Dias/ GOV BA | Max Haack/ Ag. Haack/ BN
O governador Jaques Wagner avaliou como positiva a atuação da polícia durante os protestos ocorridos nesta quinta-feira (20) em 15 municípios baianos, sobretudo em Salvador. "A ação da PM foi considerada boa", classificou, em entrevista coletiva na Governadoria, ao negar que a violência tenha partido dos militares. Segundo ele, dois coronéis foram colocados no Campo Grande para dialogar "à exaustão" com os manifestantes e só houve reação depois que foram arremessadas pedras contra a tropa. "A orientação era primeiro negociar, segundo negociar, terceiro negociar. Eu não vou entrar com a força. Defendo o uso progressivo da força. Como governador, tenho a incumbência de garantir o direito de ir e vir das pessoas", pontuou o chefe do Executivo baiano, ao prometer investigar casos de possíveis excessos e punir os responsáveis, embora saliente que não irá procurar culpados: "Não cabe perguntar quem começou primeiro. Não quero saber disso". Na opinião de Wagner, a "manifestação é muito bem vinda", porém não há direcionamento, principalmente em virtude da falta de organização e experiência do movimento. "Muitos jovens estão pela primeira vez nas ruas. O despertar da cidadania da juventude empolga, mas não pode deixar que pessoas que não têm apreço pela democracia fiquem sob o mesmo guarda-chuva de quem está protestando pacificamente. Quem depreda não consegue conviver com a democracia", criticou, ao estimar que "esse rio não corre para um caminho bom", embora não considere a hipótese de tentativa de golpe político.
Ao argumentar que só reconhece a demanda do Movimento Passe Livre, pela redução das tarifas dos transportes públicos, ele pediu que os manifestantes se organizem e se colocou à disposição para dialogar tanto na Bahia quanto fora do estado. Para Wagner, apesar de não estar evidente, o maior clamor é por uma reforma política. "Há uma crise de representação, mas não conheço melhor modelo do que o representativo. Se há outra sugestão, as lideranças têm que se organizar. Se o movimento tem bandeira, o objetivo tem que ser trazido à mesa. Com pauta genérica, não há como dialogar. Como é que eu atendo o que não me chegou?", analisou. O governador se colocou favorável a um dos pontos do manifesto: a queda da Proposta de Emenda à Constitução (PEC) 37, que pretende extinguir o poder de apuração do Ministério Público. "Eu sou contra qualquer monopólio da investigação", opinou. Sobre a partida entre Brasil e Itália, neste sábado (22), em que há expectativa de uma mobilização maior do que a desta quinta, o governador disse ter estrutura para manter a segurança e revelou que a presidente Dilma Rousseff ofereceu ajuda da Força Nacional, o que foi descartado por ele. "Não vejo perigo nenhum no jogo de amanhã. A polícia tem estrutura e a experiência do carnaval para garantir a realização do jogo. Agora, não é impedindo o evento que as pessoas vão conseguir trazer melhores condições de vida para a sociedade", comparou. Jaques Wagner admitiu ter solicitado o cancelamento da visita da presidente Dilma a Salvador não pelos protestos, mas pelo feriado do São João, que impediria a participação de prefeitos do interior na cerimônia de lançamento do plano Safra, que, agora, deverá ocorrer em julho.
Fonte: Bahia Noticias
O governador Jaques Wagner avaliou como positiva a atuação da polícia durante os protestos ocorridos nesta quinta-feira (20) em 15 municípios baianos, sobretudo em Salvador. "A ação da PM foi considerada boa", classificou, em entrevista coletiva na Governadoria, ao negar que a violência tenha partido dos militares. Segundo ele, dois coronéis foram colocados no Campo Grande para dialogar "à exaustão" com os manifestantes e só houve reação depois que foram arremessadas pedras contra a tropa. "A orientação era primeiro negociar, segundo negociar, terceiro negociar. Eu não vou entrar com a força. Defendo o uso progressivo da força. Como governador, tenho a incumbência de garantir o direito de ir e vir das pessoas", pontuou o chefe do Executivo baiano, ao prometer investigar casos de possíveis excessos e punir os responsáveis, embora saliente que não irá procurar culpados: "Não cabe perguntar quem começou primeiro. Não quero saber disso". Na opinião de Wagner, a "manifestação é muito bem vinda", porém não há direcionamento, principalmente em virtude da falta de organização e experiência do movimento. "Muitos jovens estão pela primeira vez nas ruas. O despertar da cidadania da juventude empolga, mas não pode deixar que pessoas que não têm apreço pela democracia fiquem sob o mesmo guarda-chuva de quem está protestando pacificamente. Quem depreda não consegue conviver com a democracia", criticou, ao estimar que "esse rio não corre para um caminho bom", embora não considere a hipótese de tentativa de golpe político.
Ao argumentar que só reconhece a demanda do Movimento Passe Livre, pela redução das tarifas dos transportes públicos, ele pediu que os manifestantes se organizem e se colocou à disposição para dialogar tanto na Bahia quanto fora do estado. Para Wagner, apesar de não estar evidente, o maior clamor é por uma reforma política. "Há uma crise de representação, mas não conheço melhor modelo do que o representativo. Se há outra sugestão, as lideranças têm que se organizar. Se o movimento tem bandeira, o objetivo tem que ser trazido à mesa. Com pauta genérica, não há como dialogar. Como é que eu atendo o que não me chegou?", analisou. O governador se colocou favorável a um dos pontos do manifesto: a queda da Proposta de Emenda à Constitução (PEC) 37, que pretende extinguir o poder de apuração do Ministério Público. "Eu sou contra qualquer monopólio da investigação", opinou. Sobre a partida entre Brasil e Itália, neste sábado (22), em que há expectativa de uma mobilização maior do que a desta quinta, o governador disse ter estrutura para manter a segurança e revelou que a presidente Dilma Rousseff ofereceu ajuda da Força Nacional, o que foi descartado por ele. "Não vejo perigo nenhum no jogo de amanhã. A polícia tem estrutura e a experiência do carnaval para garantir a realização do jogo. Agora, não é impedindo o evento que as pessoas vão conseguir trazer melhores condições de vida para a sociedade", comparou. Jaques Wagner admitiu ter solicitado o cancelamento da visita da presidente Dilma a Salvador não pelos protestos, mas pelo feriado do São João, que impediria a participação de prefeitos do interior na cerimônia de lançamento do plano Safra, que, agora, deverá ocorrer em julho.
Fonte: Bahia Noticias
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