16 junho 2013

Ato em Salvador reúne cerca de 1.200 pessoas; duas manifestações acontecerão nos próximos dias, se todos agentes de saúde de Salvador forem para as ruas, nosso aumento com certeza sai


Fotos: Alexandre Galvão / Bahia Notícias

A exemplo do que aconteceu nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília, Porto Alegre e Curitiba, parte da população de Salvador, neste sábado (15), também se mobilizou e mostrou descontentamento com a questão da mobilidade urbana, com as ações da Fifa e mostraram solidariedade aos manifestantes dos outros estados. O movimento Passe Livre teve sua primeira reunião realizada no Passeio Público, no Campo Grande, e, segundo os organizadores do evento, contou com cerca de 1.200 pessoas. Em assembleia, os manifestantes decidiram por três atos. Um que aconteceu neste sábado, após a reunião, e outros dois foram marcados para os dias 17 e 20 deste mês. A manifestação deste sábado partiu do Campo Grande e foi até a Estação de transbordo da Lapa, onde o movimento organizou o passe livre - ação na qual as pessoas entram no coletivo sem efetuar o pagamento. O movimento foi pacífico e a polícia apenas acompanhou, diferentemente do que aconteceu em outras cidades. No trajeto, ouviram-se muitos gritos de guerra, como "não é Turquia, não é Grécia, é o Brasil saindo da inércia" e "você que está parado, também está sendo roubado". 
 

Enquanto participantes carregavam uma faixa que dizia "o povo unido não precisa de partido", o vereador Hilton Coelho (PSOL), em entrevista ao Bahia Notícias, afirmou acreditar que os "poderosos não esperavam" tamanha manifestação do povo soteropolitano. O vereador condenou as atitudes da Câmara de Vereadores que, segundo ele, "deu uma demonstração muito grande de submissão aos ditames da Fifa". De acordo com o socialista, o voto do PSOL foi o único contrário à Lei Geral da Copa para o município por causa da falta de transparência com relação aos ganhos econômicos da Copa do Mundo de 2014. O edil pediu ainda que o grupo ocupe a Câmara para incitar o debate no poder legislativo municipal. "Os vereadores não foram eleitos para ficar encastelados, mas para ser a voz da população", finalizou.
 
 

A manifestação do dia 17 tem previsão de início para as16h e partirá da região do Iguatemi até a Fonte Nova. Já no dia 20, em ato nacional, os manifestantes pretendem sair do Campo Grande e ir em direção ao estádio da Fonte Nova. Para Pareta, que, juntamente com mais quatro pessoas, organizou a encontro via Facebook, o ato do dia 17 não preocupa, pois eles irão fazer a ocupação de apenas uma das vias. Já o dia 20 deixa os organizadores e manifestantes mais apreensivos  já que existe um provável embate com a polícia e com o exército. "Vamos mesmo assim, isso é uma tática para impedir a gente de agir, mas não vamos ceder", afirmou dando confirmação dos eventos.
Fonte: Bahia Noticias

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