13 junho 2013

Greve em Salvador movimentou discursos na Assembleia







Com a pressão dos servidores municipais em cima da prefeitura, que já pede a compreensão dos trabalhadores e diz que está no limite de caixa, a quarta-feira na Assembleia Legislativa foi de discursos acalorados entre governo e oposição. De um lado, o deputado Carlos Gaban (DEM) centralizou a “crucificação” do movimento. Na defesa dos servidores, os colegas Luiza Maia (PT) e Álvaro Gomes (PCdoB) enfrentaram as críticas.

Segundo Gaban, a greve dos servidores tem cunho meramente político e que os servidores já receberam aumento idêntico ao que os servidores do Governo, Legislativo e Ministério Público receberam e, mesmo assim, mantêm a movimentação. Ao chamar os grevistas de “pelegos”, o deputado causou a indignação dos colegas do governo, que saíram em defesa dos trabalhadores.

Para Luiza Maia, o movimento é legítimo e que Gaban, por supostamente ser um político acostumado ao autoritarismo, não está habituado a um Estado democrático. Por conta disto, não tolera as greves. Por sua vez, Álvaro Gomes lembrou a Gaban que os mesmos grevistas que se movimentam agora estavam contra o governo no ano passado na greve dos professores estaduais e foram apoiados por ele.

“E todos tem direito de reivindicar e de fazer greve, o que falta é um gestor capaz de sentar-se à mesa e negociar”, cutucou, com destino ao prefeito ACM neto, do mesmo partido do deputado. Por fim, Gomes disse que chamar os trabalhadores de “pelegos” não resolve nenhum problema e que é preciso, afinal, chegar a um denominador comum para que a greve termine.
Fonte:Bocão News

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