Com a pressão dos servidores municipais em cima da prefeitura, que já
pede a compreensão dos trabalhadores e diz que está no limite de caixa, a
quarta-feira na Assembleia Legislativa foi de discursos acalorados entre
governo e oposição. De um lado, o deputado Carlos Gaban (DEM) centralizou a
“crucificação” do movimento. Na defesa dos servidores, os colegas Luiza Maia
(PT) e Álvaro Gomes (PCdoB) enfrentaram as críticas.
Segundo Gaban, a greve dos servidores tem cunho meramente político e
que os servidores já receberam aumento idêntico ao que os servidores do
Governo, Legislativo e Ministério Público receberam e, mesmo assim, mantêm a
movimentação. Ao chamar os grevistas de “pelegos”, o deputado causou a
indignação dos colegas do governo, que saíram em defesa dos trabalhadores.
Para Luiza Maia, o movimento é legítimo e que Gaban, por supostamente
ser um político acostumado ao autoritarismo, não está habituado a um Estado
democrático. Por conta disto, não tolera as greves. Por sua vez, Álvaro Gomes
lembrou a Gaban que os mesmos grevistas que se movimentam agora estavam contra
o governo no ano passado na greve dos professores estaduais e foram apoiados
por ele.
“E todos tem direito de reivindicar e de fazer greve, o que falta é um
gestor capaz de sentar-se à mesa e negociar”, cutucou, com destino ao prefeito
ACM neto, do mesmo partido do deputado. Por fim, Gomes disse que chamar os
trabalhadores de “pelegos” não resolve nenhum problema e que é preciso, afinal,
chegar a um denominador comum para que a greve termine.
Fonte:Bocão News
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