A briga pela reposição das
perdas do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos trabalhadores
brasileiros já está nas ruas e fábricas. Todo trabalhador que teve algum saldo
no seu fundo entre 1999 e 2013 tem direito a pedir a reposição.
O total a ser recebido em
muitos casos chega a 88.3% do valor depositado. O rombo aconteceu porque desde
1999 o governo manipula o cálculo da TR (Taxa Referencial), índice usado na
correção do FGTS. Dessa forma, os trabalhadores passaram a ter seus saldos
atualizados com valores muito abaixo da inflação. O total das perdas de todos
os trabalhadores brasileiros soma, sem dúvida, bilhões de reais no período.
Para esclarecer os
trabalhadores, a Força Sindical está realizando panfletagem, em diversas
cidades, com explicações sobre o rombo e orientações para quem quiser entrar
com sua ação. A Força Sindical também já protocolou na Justiça Federal uma ação
coletiva pedindo a reposição das perdas.
Outro passo importante da
luta contra o rombo do fundo foi dado na Câmara dos Deputados. A Comissão de
Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados aprovou um
requerimento de minha autoria convidando o presidente do Banco Central,
Alexandre Tombini, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o secretário
executivo d Conselho Curador do FGTS, Quenio Cerqueira França, para prestar
esclarecimentos sobre os rombos nas contas do fundo.
Vale lembrar que para entrar
com seu pedido de revisão, você deve procurar o sindicato da sua categoria
munido das cópias dos seguintes documentos> Cédula de Identidade,
comprovante de endereço, PIS/Pasep (cópia da CTPS), extrato do FGTS (Caixa
Econômica Federal) e carta de concessão do benefício (no caso dos aposentados).
Enfim, garfaram 88.3% do seu
FGTS. Um verdadeiro crime econômico contra a classe trabalhadora. Vamos,
juntos, recuperar as perdas na Justiça.
Paulo Pereira da Silva é
presidente da Força Sindical e deputado federal pelo PDT.