Sexta, 15 de Julho de 2011 20:27
Ainda em entrevista ao Política Hoje, o secretário Jorge Solla falou sobre as negociações entre o estado e a prefeitura de Salvador para resolver – ou pelo menos minimizar – a crise pela qual passa a saúde da capital baiana, sobretudo no que diz respeito à gestão municipal do SUS. De acordo com Solla, o prefeito João Henrique e os secretários João Leão (Casa Civil) e Gilberto José (Saúde) participaram de encontros com ele onde foi discutida a estadualização dos hospitais, mas mudaram de ideia.
“Eles disseram que nós queríamos tomar a gestão. Tomar o quê, se nós já fazemos tudo?”, alfinetou Solla. Sobre a alegação do secretário Gilberto José, de que a perda da gestão integral poderia acarretar em um desequilíbrio nas contas da prefeitura e possível demissão de servidores, Solla opinou que isso poderia ser corrigido com o aumento de Teto MAC defendido no ofício encaminhado ao ministro da Saúde. “Eu já discuti isso com ele. Na última reunião, eu disse que equilibraríamos isso”, defendeu.
Já sobre as informações veiculadas na imprensa de que a Secretaria de Saúde não tem prestado contas ao município dos recursos gastos, o titular da Sesab foi direto: “A Secretaria não tem que prestar contas ao fundo municipal de saúde. Nós prestamos conta ao Conselho Estadual de Saúde”, afirmou. Segundo ele, a próxima prestação de contas na Assembleia Legislativa acontecerá no dia 28 de julho.
A julgar pelas recentes declarações do estado e da prefeitura, a discussão na Câmara Municipal deve ser grande na sessão da próxima segunda-feira (18) se o secretário Jorge Solla mantiver a disposição expressa na tarde dessa sexta-feira. “Vou à Câmara mesmo que não receba um convite formal”, garantiu.
Rodrigo Aguiar
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