13 fevereiro 2013

SPM lança campanha para combater violência contra a mulher no Carnaval da Bahia



  • A Secretaria Estadual de Políticas para as Mulheres (SPM) lançou a campanha “Respeito à mulher. Entre nesse bloco.” com o objetivo de sensibilizar a população para enfrentar e não permitir a violência contra a mulher. O jingle da campanha é no ritmo bem conhecido dos baianos: o pagode. A letra leva a mensagem para os foliões brincarem o carnaval em paz e sem criar situações que possam constranger as mulheres. Um dos trechos da música diz:  “Não pegue, não puxe o cabelo dela. Vá na boa, vá no jeito. Eu vou, mas eu vou com respeito. Me abraça, me pega com carinho”.

    A campanha, que será realizado pelo segundo ano consecutivo, terá parceria com instituições carnavalescas, como os blocos Filhos de Gandhy e Mascarados. Durante o carnaval, estará sendo divulgada também a Central de Atendimento à Mulher (180).

    De acordo com Nair Goulart, Presidente da Força Sindical Bahia, sindicalista pioneira na luta para acabar com a violência contra a mulher, afirmou que essa campanha é de extrema importância. “Propagar a cultura da não violência e de defesa dos direitos das mulheres é uma das ações da Força Sindical desde a sua fundação. Precisamos de ações como essa durante o carnaval e também em todos os dias do ano.”, finalizou.

    Flora Brioschi, Diretora Financeira do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Metarlúrgica do Recôncavo da Bahia (Stimnaval) e ativista na luta pelos direitos das mulheres,  disse que, no Brasil, a cada quatro minutos uma mulher é violentada em sua própria casa e que 90% dos casos de violência contra a mulher são cometidos por pessoas de seu próprio convívio, além de mais de 40% das agressões resultarem em lesões corporais graves ou morte.

    “Os agressores permanecem impunes em 80% dos casos. Analisando as estatísticas atuais da violência contra a mulher no Brasil, verifica-se que existe aumento nos índices quando deveríamos ter diminuição. A violência contra a mulher tem ocupado vários espaços e isso mostra a necessidade de ações urgentes para conscientizar e ajudar. É preciso assumirmos ainda mais esta responsabilidade, todas e todos dizendo NÃO a violência contra à mulher”.

    Fonte: Assessoria de Comunicação da Força Sindical BA

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