19 março 2012

Trabalhadores paralisam atividades por 72 horas pela derrubada do veto, equiparação salarial de R$ 720.78 para os agentes de saúde e PCV













Os servidores municipais da Prefeitura de Salvador decidiram paralisar suas atividades por 72 horas a partir desta terça-feira (20) para protestar contra a postura considerada desrespeitosa do Poder Executivo em não enviar para a Câmara de Vereadores de Salvador, o projeto que cria o Plano de Cargos e Vencimentos da categoria. Além disso, os trabalhadores questionam também o veto do prefeito João Henrique (PP) em uma emenda à Lei Orçamentária Anual que antecipava os efeitos da mudança de regime de trabalho dos agentes de combate às endemias e comunitários de saúde.
A decisão foi tomada na assembleia convocada pelo Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador – Sindseps, na tarde desta segunda-feira (19), na Praça Thomé de Souza, e que contou com a participação dos diversos segmentos profissionais que compõem o serviço público municipal.
Os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias continuam sofrendo ao receber menos de um salário mínimo como remuneração mensal após um intenso mês de trabalho suado, perigoso, e de grande envolvimento social. Queremos a valorização dessa categoria que salva vidas diariamente nessa cidade. São míseros R$ 545 (quinhentos e quarenta e cinco reais) que ao final do mês representam sofrimento para os trabalhadores e suas famílias.
A luta do Sindseps é pela derrubada do veto à emenda na Lei Orçamentária Anual que garante no texto legal que os companheiros tenham antecipados os efeitos da nossa mudança de regime de trabalho. Nosso sindicato não aceitará a forma tosca, grosseira e desrespeitosa que alguns que há tempos estão “sugando” a luta dos trabalhadores em benefício próprio.
O Sindseps apóia a luta dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias de Salvador. Tenham a certeza de nossa real intenção em representar legitimamente a luta dos trabalhadores. Juntos vamos construir a “estrada” dos avanços salariais da categoria. Não caberão ataques e ofensas, pois nossa “briga” é por melhorias e dignidade para a categoria que mais tem sofrido por conta da falta de respeito da administração e dos descaminhos de representatividade.
“Queremos o piso salarial de R$ 720,78 (setecentos e vinte reais, setenta e oito centavos) para a categoria. Sofremos para trabalhar, e sofremos mais ainda, quando recebemos nossos salários. Não é justo que após trinta dias de trabalho, sejamos tratados como servidores de segunda categoria e remunerados com valor menor que um salário mínimo. Estamos reagindo a essa aberração protagonizada pela Prefeitura de Salvador. A luta continua sendo nossa, e qualquer apoio à nossa causa será bem vindo. Queremos o compromisso dos vereadores, a veiculação da imprensa, e principalmente, a força do trabalhador que seguirá conosco na direção das conquistas”, disse o representante dos ACS’s e ACE’S Enádio “Careca”.
“Permaneceremos mobilizado para poder garantir um serviço público de qualidade para o cidadão soteropolitano. A Prefeitura de Salvador tem sido desrespeitosa com o servidor e com a cidade. Derrubar o veto à emenda que garante avanços salariais aos agentes de combate às endemias e comunitários de saúde é nosso ponto de partida em uma luta que culmina com a aprovação do Plano de Cargos e Vencimentos. Ninguém nessa administração ousará duvidar da luta do servidor público”, afirmou Jeiel Soares, coordenador geral do Sindseps.
A categoria realizará atos de protesto na cidade para chamar atenção da sociedade e tentar sensibilizar o Poder Público na garantia das reivindicações que eram frutos de negociações abortadas unilateralmente pelo Executivo municipal.
Na manhã desta terça-feira, além do fechamento dos órgãos da administração municipal, os trabalhadores se reunirão em manifestação pública na Avenida Tancredo Neves, nas proximidades do Shopping Iguatemi.
Fonte: SINDSEPS


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Nunca diga para os outros, aquilo que não gostaria de ouvir