Para 0% de aumento, é 0% de trabalho. Foi assim que os milhares de servidores públicos da Prefeitura de Salvador se posicionaram nesta sexta-feira (10), quando decretaram greve por tempo indeterminado. Depois de esperarem horas por uma reunião marcada na Secretaria Municipal de Gestão (Semge), com o secretário Alexandre Pauperio, e remarcada de última hora para outro local, os trabalhadores optaram, em assembleia, pela paralisação geral da categoria.
Como protesto e a fim de protocolar um documento com as solicitações da categoria para entregar ao prefeito, após a assembleia, os servidores realizaram uma passeata até a sede da Prefeitura. Lá, dois diretores do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) foram recebidos por Pauperio e ficou marcada uma reunião para a próxima segunda-feira (13), às 15h, na Semge, porém somente com a presença de alguns representantes do Sindicato será permitida.
Na terça-feira (14), a categoria fará outra assembleia, também na Semge, para discutir as propostas apresentadas pela Prefeitura e decidir a manutenção ou não da greve. Por enquanto, até a terça, a greve está mantida, é o que afirma a direção do Sindseps.
Razões
Segundo o diretor financeiro do Sindseps, Helivaldo Alcântara, os funcionários públicos decidiram entrar em greve porque o município não apresentou nenhuma contraproposta às reivindicações da categoria.
Os servidores pedem um reajuste salarial de 20% no vencimento base dos servidores ativos, aposentados, pensionistas e de empresa pública, além do mesmo aumento na tabela de gratificação de competência para todos os funcionários públicos do município. Eles também reivindicam a implantação de assistência médica, a aprovação do Plano de Cargos e Vencimentos, realização de concurso público e novos fardamentos para todas as áreas.
Fonte: ASCOM SINDSEPS
Márcia Rocha
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