Pelo segundo dia consecutivo, o protesto dos servidores municipais, em greve por tempo indeterminado, fez com que a sessão ordinária da Câmara Municipal de Salvador terminasse mais cedo do que de costume. Na tarde de ontem quarta-feira (15), enquanto o vereador Léo Prates (DEM) tentava proferir o seu discurso, os manifestantes vaiaram e chamaram o democrata de "mentiroso", impedindo que o edil prosseguisse com o pronunciamento.
Não solidários à recepção nada amigável, os governistas saíram do plenário para derrubar a sessão. O próprio Léo Prates pediu que fosse verificado o quórum e a sessão acabou, gerando ainda mais protestos dos servidores municipais.
Para o vereador Waldir Pires (PT), a prática de retirar os vereadores do plenário não fortalece a democracia. "Temos que pautar as nossas atitudes pela defesa dos interesses da população. Esse negócio de derrubar a sessão não tem o menor sentido. Esta Casa não só vota projetos, mas também tem que discutir os problemas da cidade e dos cidadãos do nosso município", argumentou o petista.
Reajuste 0%
Após o encerramento da sessão, o presidente da Casa Legislativa, o vereador Paulo Câmara (PSDB), conversou com os servidores municipais manifestantes e explicou que o objetivo da Câmara é intermediar as negociações dos trabalhadores com a Prefeitura de Salvador.
De acordo com o presidente da Câmara, a intenção era de que fosse formada, ainda durante a sessão desta quarta-feira, uma comissão de servidores para discutir com um grupo de vereadores o reajuste dos trabalhadores com o Poder Executivo Municipal.
Até agora, apesar dos protestos, a prefeitura não apresentou nenhuma proposta de reajuste salarial aos servidores do município. A categoria prometeu não desistir e voltar à Câmara na próxima sessão ordinária, na segunda-feira, para continuar o movimento.
Fonte:Bocão News
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Nunca diga para os outros, aquilo que não gostaria de ouvir