Trabalhadores públicos municipais, representantes de associações e
parte da diretoria do Sindicato dos Servidores da Prefeitura de
Salvador (Sindseps) se reuniram hoje (6) com o secretário municipal de
gestão, Alexandre Pauperio, na sede da Secretaria, para discutir as
reivindicações da categoria. Depois de mais de três horas de
negociações, ficou marcado para a próxima sexta-feira (10) um segundo
encontro entre o grupo, a fim de que a gestão municipal dê alguma
posição concreta sobre as solicitações apresentadas pelo Sindseps.
Representantes da AACES na mesa Ubiraci e Enádio |
Dentre as reivindicações da categoria estão o reajuste salarial de
20% no vencimento base dos servidores ativos, inativos, pensionistas e
de empresa pública, e na tabela de gratificação de competência para
todos os funcionários públicos municipais; a implantação de assistência
médica, conforme a Lei 050/ 2010; a aprovação do Plano de Cargos e
Vencimentos; a realização de concurso público e a compra de fardamento
para todas as áreas.
Apesar do documento com as reivindicações ter sido entregue desde o
dia 08 de abril deste ano, o secretário não apresentou resoluções para
as demandas da categoria, mas adiantou que a Prefeitura não tem
condições de reajustar o salário dos servidores. “A Prefeitura de
Salvador está com déficit orçamentário de R$ 560 milhões, sendo que R$
100 milhões são só da folha de pagamento. Nós valorizamos o servidor,
mas não temos condições, no momento, de dar nenhum reajuste, muito menos
esse de 20%”, afirmou Pauperio.
Segundo o secretário, a gestão municipal ainda precisa avaliar os
pontos que são obrigatórios, legais e ver o impacto financeiro deles.
“Mas queremos aprovar a assistência médica para todos os servidores, sem
privilégios, e no segundo semestre deste ano, vamos apresentar uma nova
proposta para o Plano de Cargos e Vencimentos, que deve ser implantado
em 2014. Entendemos os direitos dos trabalhadores, só que não podemos
ficar reféns de ameaças de greve”, acrescentou o secretário.
“A Prefeitura provou, mais uma vez, que vem para a mesa de negociação
sem estudar nenhum ponto da pauta e sem apresentar nenhuma proposta.
Quando chegamos na parte financeira, o secretário disse logo que não tem
como dar nada de aumento. Isso é absurdo! O nosso único caminho é
desencadear uma greve geral por tempo indeterminado”, avisou o diretor
financeiro do Sindseps, Helivaldo Alcântara, mais conhecido como Alemão.
Ele ressalta que a decisão sobre a suspensão ou não das atividades e a
duração dela sairá amanhã (7), durante a Assembleia Geral da categoria,
que será realizada a partir das 8h, em frente à Secretaria Municipal de
Saúde, no bairro do Comércio.
Fonte: ASCOM
Márcia Rocha
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