14 maio 2013

Após protesto dos servidores municipais, bancada de Neto “derruba” sessão


Se na sessão da última quarta-feira (8), a bancada da oposição retirou o quórum “para que fosse mais debatida a reforma tributária”, nesta terça-feira (14) foi a vez dos governistas esvaziaram o plenário. E o motivo foi bem claro: o protesto dos servidores municipais, que, em greve por tempo indeterminado, reivindicam reajuste salarial.



Municiados de cartazes, os trabalhadores do município mandaram recado ao prefeito. “Neto, do Demo, a onde está a valorização do servidor?” (sic), “Salário de R$ 580 é inconstitucional” eram  dizeres dos servidores em protesto.



A saída dos vereadores governistas começou após os vereadores da oposição se posicionarem a favor dos trabalhadores. Primeiro, Luiz Carlos Suíca (PT), falou sobre a necessidade do prefeito ACM Neto reajustar o salário dos servidores.

“Sempre tive ao lado dos trabalhadores e acredito que o prefeito ACM Neto precisa de sensibilidade para atender a esse direito dos trabalhadores. Da mesma forma que critiquei o Governo do Estado, quando agiu equivocadamente, desta vez a prefeitura precisa defender seus servidores”, criticou Suíca.



Vice-líder da bancada governista, a vereadora Tia Eron (DEM) agradeceu a “contribuição” do petista. “Fico muito feliz com esse pronunciamento do vereador, mas existe boa vontade do prefeito ACM Neto para resolver a questão dos trabalhadores”, ponderou.



“Boa vontade não é suficiente para resolver a questão. Os trabalhadores precisam de ações concretas”, rebateu Suíca.

O vereador Léo Prates (DEM), efusivo como de costume, gritou no plenário. “Vocês não estão dando tempo que o prefeito precisa para resolver os problemas da cidade. Pelo amor de Deus, deixem o homem trabalhar”, gritou o edil em plenário.



A vereadora Aladilce Souza (PcdoB) e o vereador Gilmar Santiago (PT), líder da oposição também se manifestaram pelos trabalhadores. “Os nossos mandatos têm que se pautar pela defesa do servidor público. Devemos sempre estar atentos para que os trabalhadores tenham os seus direitos atendidos”, afirmou a comunista.

Percebendo que os protestos dos trabalhadores começaram a crescer, os governistas acelerarem o ritmo de saída do Plenário Cosme de Farias e a sessão acabou por número insuficiente de vereadores. Os trabalhadores prometeram voltar à Câmara na sessão da próxima quarta-feira (14) para, mais organizados, continuar os protestos.

Fonte: Bocão News

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