17 maio 2013

E a greve dos servidores municipais continua


Os servidores públicos municipais decidiram, nesta sexta-feira (17), em assembleia no Campo Grande, manter a greve. Diante da manutenção da proposta de reajuste zero por parte da Prefeitura de Salvador e a falta de avanços nas negociações, não restou outro caminho para a categoria, que continuará parada por tempo indeterminado.  Já são oito dias de paralisação.

Em reunião na noite de ontem (16) e na manhã de hoje com o secretário municipal de Gestão, Alexandre Pauperio, o Sindicato dos Servidores da Prefeitura de Salvador (Sindseps) e representantes de diversas associações que fazem parte do órgão ouviram os argumentos do gestor para a ausência de qualquer proposta de reajuste e levaram as alegações às centenas de pessoas que participavam da assembleia no Campo Grande. A categoria não aceitou a proposta de Pauperio, de encerramento da greve, sem o corte dos dias não trabalhados, e o compromisso de não haver nenhum tipo de retaliação contra os grevistas, pois, até o momento, os servidores não conquistaram nenhum ponto das reivindicações (mais de 50) entregues à Prefeitura.
Em resposta à demora da Prefeitura de apresentar qualquer avanço nas negociações, os servidores saíram do Campo Grande em passeata até a Prefeitura, cantando uma paródia que tem como gancho “20% na cabeça!”. Foram distribuídos dois mil picolés para os manifestantes, que intitularam a caminhada de “Quebra gelo”.

Ficou acertado que na próxima sexta-feira (24), às 8h, haverá outra assembleia no Campo Grande para tratar das propostas que apresentadas pela gestão municipal, que se reunirá com o Sindseps na quinta-feira (23), às 16h, na sede da Secretaria Municipal de Gestão (Semge). Além disso, foi instalada uma mesa de negociação com a Prefeitura, na qual o Sindseps indicou cinco nomes, e serão realizadas reuniões periódicas entre as duas partes.
“Foi aprovada, ano passado, na Lei Orçamentária Anual (LOA) e na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), uma previsão de receitas e despesas para o município. Dentro dela, as despesas com pessoal é de 6.5%. Queremos que a Prefeitura sente com os dados da receita do município para que, em cima disso, possamos discutir o percentual de reajuste a que temos direito, com ganhos reais. Nós não entendemos porque em todas as negociações o secretário Alexandre Pauperio chega sem nenhuma proposta real e só vem com 0% de aumento. Com isso, a gestão cria um impasse junto ao servidor e faz com que a greve se fortaleça ainda mais”, destaca o diretor financeiro do Sindseps, Helivaldo Alcântara.
Segundo ele, outro ponto polêmico, apresentado hoje por Pauperio, foi a proposta de alteração da Lei 050, na qual os servidores arcariam com 50% do plano de saúde e a gestão municipal com os 50% restantes, ao invés de ficar 40% e 60%, respectivamente, como o aprovado em lei. “Não aceitamos! A lei já foi votada pela Câmara e aprovada, e nós reivindicamos que a Prefeitura faça uma licitação o mais rápido possível e a lei seja aplicada corretamente. Só assim, nós, servidores, teremos um plano de saúde”, acrescentou o diretor.
Fonte; SINDSEPS

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