Ontem segunda-feira (24), a senadora Lídice da Mata do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e pré-candidata ao governo da Bahia, concedeu entrevista para a rádio BAIANA FM (89.3) na qual, dentre outros assuntos, falou sobre: a aceitação de sua candidatura ao governo do estado no meio político, o governo Wagner, seu desejo de ser governadora, o apoio da vice-prefeita de Salvador e a importância da mulher na política brasileira, além de sua relação com o prefeito ACM Neto.
Lídice começou o bate-papo falando sobre a resposta do meio político em relação a sua candidatura ao governo do estado. “Eu digo que fui bem recebida. Em todas as pesquisas publicadas estamos em uma posição importante dentro do processo eleitoral. Geralmente nossa candidatura PSB/Rede aparece em segundo lugar nas pesquisas. O que nos dá uma leitura de que nossa mensagem está chegando bem à opinião pública da nossa terra, seja no interior ou na capital. Além disso, os contatos que tenho feito em todas as regiões do estado da Bahia tem me dado um retorno positivo”, afirmou.
A pré-candidata ao governo da Bahia falou também sobre o atual modelo político no estado. “Quando apoiamos a candidatura de Wagner reconhecíamos e continuamos reconhecendo o talento do governador a frente da política para realizar a tarefa de democratização da Bahia naquele momento. Isso efetivamente aconteceu. O governo de Wagner foi vitorioso em um primeiro momento e é vitorioso neste segundo, mas o governador Jaques Wagner não será mais candidato. Ele acabou o seu período de governo. Seus desafios colocados naquele momento já foram cumpridos ou medianamente cumpridos e agora se trata de um novo momento. O ciclo de Wagner como governador se acaba em 2014. O seu candidato [Rui Costa] não terá as mesmas condições porque possui características diferentes do governador” disse.
Primeira prefeita de Salvador, Lídice da Mata falou ainda sobre o seu desejo de ser governadora. “O desejo pessoal de governar a sua terra é impossível de não existir em alguém que faz política. Qualquer deputado seja estadual ou federal em algum momento de sua vida já deve ter pensado nisso. É algo natural do nosso processo político. Eu não sonhei desde criança em ser governadora da Bahia. Como também não sonhei em ser deputada, isso foi um processo que foi evoluindo pouco a pouco em minha vida. Encaro esse desafio não como uma ambição pessoal, mas sim como uma consequência de um processo coletivo. Além disso, eu fui a primeira mulher a governar a cidade de Salvador, então é um desejo e uma necessidade que sinto de que a mulher não perca o protagonismo que deve alcançar na política na Bahia e no Brasil. Se eu não for candidata, não haverá candidata mulher ao governo do estado. Só por isso já se justificaria que eu fosse candidata ao governo do estado da Bahia”, assegurou.
A senadora falou também sobre o apoio que recebeu da vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento do Partido Verde (PV), que, em recente entrevista para a rádio Baiana FM, afirmou que se houvesse apenas um voto para Lídice, certamente esse voto seria o dela. “Fiquei muito feliz. Não só pelo apoio, mas também em ver uma mulher, mesmo que tenha sido apenas por três dias, assumindo a prefeitura de salvador. Eu acho uma tristeza não termos nas eleições passadas nenhuma mulher candidata. Acho que isso precisa começar a acabar. A Bahia atualmente tem apenas uma deputada federal que é a deputada Alice Portugal e uma senadora. Eu sou a primeira mulher a representar a Bahia no Senado”, disse.
Diego Maia, diretor do site Grande Salvador, também participou da entrevista e questionou a pré-candidata ao governo da Bahia sobre a possibilidade de, no futuro, dividir o palanque com o prefeito ACM Neto em um segundo turno. “Embora seja muito tentador conversar sobre o segundo turno, eu não converso. Eu vou lutar para ganhar já no primeiro turno. Ninguém previu que Wagner ganhasse no primeiro turno. Ele acreditou nisso e realmente aconteceu. O candidato que não acredita que ele pode ser eleito no primeiro turno não deve ser nem candidato porque é isso que nos anima. Em relação ao segundo turno somente quando chegarmos lá é que começarei a pensar”, afirmou.
Por fim, Lídice da Mata comentou sobre a possibilidade de governar a Bahia com o ACM Neto assumindo a prefeitura de Salvador. “Vivemos em outro momento na democracia brasileira. Encaro com muita tranquilidade esse cenário. Eu não repetirei o que passei. O que eu passei foi um processo de esmagamento que se contrapõe a democracia. Isso não existe mais. Lula não perseguiu governadores que eram de outros partidos. Não há mais espaço para esse tipo de governo no Brasil nos dias de hoje”, concluiu.
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