Representantes dos cinco sindicatos de servidores públicos municipais de Ilhéus entregaram ao governador da Bahia, Jaques Wagner, um ofício solicitando o apoio para intermediar o fim da greve geral na Prefeitura, que completou mais de 60 dias sem que até agora o prefeito Jabes Ribeiro tenha sinalizado para o fechamento do acordo de campanha salarial. No documento os trabalhadores explicam que têm feito tudo que é possível para assinar o acordo e acabar com a greve, mas o governo municipal se recusa a cumprir o que manda a legislação, que é a revisão salarial anual prevista na Constituição Federal e na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Os trabalhadores também informaram ao governador que além de não reivindicar o reajuste e sim a reposição das perdas salariais, os servidores apresentaram a proposta de abrir mão de receber de imediato o pagamento da reposição retroativo à data base das categorias e negociar posteriormente a quitação dessas parcelas. Os sindicatos dos trabalhadores também se comprometeram em continuar nas discussões com o governo para analisar os verdadeiros índices da folha de pagamento e buscar saídas para a crise gerencial que se encontra o município. “O problema é que o prefeito tem o interesse em que a paralisação continue por tempo indeterminado, aumentando ainda mais o caos que se instalou na cidade”, disseram os líderes sindicais.
Ao receber o documento, Jaques Wagner informou aos líderes sindicais que estará aberto as negociações e que tentará intermediar o impasse para que a cidade volte à sua normalidade. Wagner reconheceu que se trata de uma questão municipal, mas que possui boas relações com o prefeito, por isso tentará mediar um acordo. Segundo o governador, a melhor saída não é procurar culpado, mas sim uma solução. “Estou à disposição do prefeito e dos funcionários. Ilhéus é uma cidade importante, fundamental, e eu espero que se chegue a um denominador comum para que se volte à normalidade”, disse ele.
De acordo com os presidentes de sindicatos, a greve dos servidores só interessa ao prefeito, que vem transformando a cidade em um verdadeiro caos. Prova disso, conforme relatam os trabalhadores, é que a situação de Ilhéus estava crítica mesmo antes da greve. “Desde o início do ano os postos de saúde foram desativados, muitas escolas não iniciaram o ano letivo, a cidade está esburacada, a zona rural foi abandonada e nada vinha funcionando. E isso não é culpa da greve. A culpa é desse prefeito que já demonstrou que não tem mais condições de continuar governando Ilhéus”, complementaram.
Fonte: APPI/APLB e Sinsepi
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