18 maio 2011

TEXTO DO COLEGA QUE TAMBÉM É TECNÓLOGO EM SEGURANÇA DO TRABALHO


                                                             Mudanças Desnecessárias
 
 

Não tenho dúvidas de que a rotatividade dos agentes dificulta o desempenho e a eficácia das atividades laborais. O exemplo do município de Anajatuba no Maranhão só ratifica isso, pois o secretário de saúde dessa cidade apontou a permanência dos agentes no estrato como um dos fatores que contribuíram para a eficácia do trabalho.

Infelizmente, a coordenação do Programa não se dá conta dessa problemática, senão evitaria que tal prática ocorresse em Salvador. Refiro-me não às mudanças esporádicas e que têm como objetivo otimizar as atividades, mas àquelas que não atendem ao interesse da dinâmica do controle do mosquito da dangue. E que só servem para gerar insatisfação nos ACEs, tendo reflexo negativo tanto na qualidade quanto na produtividade do trabalho.

Hoje, mais do que nunca, o vínculo estabelecido entre o agente e a comunidade gera confiança por parte dos moradores, facilitando o desenvolvimento das atividades de prevenção. Além disso, a mudança arbitrária desmotiva o trabalhador e cria atritos nas relações. A violência é outro fator agravado por tal procedimento.

Desse modo, muitos aborrecimentos e transtornos nas atividades desses profissionais poderiam ser sanados se se usasse do bom senso. O que ainda impera é a imposição e a emotividade nas tomadas de decisão. O resultado está à vista de todos, só eles não enxergam... Isso exige, pois, uma ação do sindicato para se verificar o abuso de poder cometido.
Ubiraci Moraes
Ace e tecnólogo em Segurança no Trabalho.

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