Camaçari participa de uma pesquisa pioneira no país, que abre caminho para detecção da leishmaniose, doença popularmente conhecida como calazar, que atinge o fígado, o baço e a medula óssea e pode levar à morte. A pesquisa consiste, inicialmente, na realização de visitas aos domicílios que tenham cachorros com idade entre 6 meses e 6 anos, que são submetidos a diversos exames, como coleta de sangue, ultrassonografia e punção do baço, órgão que primeiro é infectado pela doença. Na oportunidade, o proprietário do animal ainda responde a um questionário com diversas perguntas sobre as condições de vida do cão.
De acordo com a veterinária e coordenadora da pesquisa, Débora Bitencourt, o levantamento no município deve ser concluído dentro de seis meses. “Estimamos que 1.500 cães serão examinados em diferentes bairros”, diz.
Segundo o coordenador do Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), Gilmar Pereira, Camaçari é a primeira cidade visitada pela equipe, que ainda vai a outros dois municípios. “A pesquisa começou por Camaçari devido à estrutura que dispõe e do trabalho que é desenvolvido na identificação da doença”, disse ele.
Atualmente, a detecção da leishmaniose na cidade é feita através do trabalho de agentes do CCZ, com a coleta de sangue dos animais e a realização do exame de imunofluorescência. “Quando o resultado do exame é positivo, a equipe recolhe o animal e o sacrifica, como determina o Ministério da Saúde”, explica o coordenador.
Ainda faz parte da pesquisa a inspeção nos domicílios para a verificação da existência de criadouros do mosquito causador da doença, também conhecido como mosquito-palha, birigui ou cangalha. Participa do trabalho uma equipe composta por veterinários, biólogo, biomédico, técnicos de laboratório e uma estagiária do curso de veterinária.
Fonte: Bahia Tododia
Foto: Agnaldo Silva
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