Santa Cruz, Campo Grande e Jacarepaguá são os bairros com mais infectados
Na capital fluminense, em apenas quatro meses, casos de dengue já superam em 770% o total de 2010
Os casos de dengue confirmados na cidade do Rio de Janeiro, até o dia 25 de abril, somam 27.649 infectados, de acordo com balanço diário divulgado nesta segunda-feira (25) pela Secretaria Municipal de Saúde. Em 30 dias, o salto de notificações foi de 158,9%, quando havia 17.390 casos.
Os bairros mais atingidos, considerando o número de casos de cada região, são Santa Cruz, com 2.963 notificações, Campo Grande (2.746) e Jacarepaguá (2.123).
No entanto, quando verificada a proporção pelo número de imóveis, descobre-se que a zona sul não está livre da doença. Pelo contrário, dois bairros nobres da região têm os maiores índices de infestação pelo mosquito da dengue da capital fluminense e estão em vias, pelo menos formalmente, de epidemia.
De acordo com os dados disponibilizados pela secretaria, em São Conrado o índice de manifestação está em 14,3 a cada mil imóveis – foram encontrados 143 áreas com focos. Na região da Lagoa o dado é ainda mais alarmante, com 16,3 a cada mil imóveis – foram encontrados 163 focos do Aedes aegypti.
O índice de manifestação da cidade do Rio de Janeiro está em 3,4%. Quando essa taxa fica superior a 4%, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a região já estaria com alto risco de epidemia. O Ministério da Saúde aponta que índices acima de 1% já devem ser monitorados.
Os bairros mais atingidos, considerando o número de casos de cada região, são Santa Cruz, com 2.963 notificações, Campo Grande (2.746) e Jacarepaguá (2.123).
No entanto, quando verificada a proporção pelo número de imóveis, descobre-se que a zona sul não está livre da doença. Pelo contrário, dois bairros nobres da região têm os maiores índices de infestação pelo mosquito da dengue da capital fluminense e estão em vias, pelo menos formalmente, de epidemia.
De acordo com os dados disponibilizados pela secretaria, em São Conrado o índice de manifestação está em 14,3 a cada mil imóveis – foram encontrados 143 áreas com focos. Na região da Lagoa o dado é ainda mais alarmante, com 16,3 a cada mil imóveis – foram encontrados 163 focos do Aedes aegypti.
O índice de manifestação da cidade do Rio de Janeiro está em 3,4%. Quando essa taxa fica superior a 4%, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), a região já estaria com alto risco de epidemia. O Ministério da Saúde aponta que índices acima de 1% já devem ser monitorados.
Na opinião de Alberto Chebabo, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a cidade está em vias de viver uma explosão dos casos de dengue.
- O índice de infestação é um preditor [antecessor] de epidemia. Onde há muito mosquito há também grande possibilidade de epidemia, mas para disseminar a doença é preciso aliar três fatores: muito mosquito, um vírus forte ou novo em circulação e uma população suscetível. Os três fatores existem no Rio. A probabilidade é que em 2012 tenha mais casos que neste ano. Se continuar esse número crescente de notificações, a gente vai ter uma explosão dos casos.
Municípios em atenção
No entanto, os municípios de Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antônio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci são observados com maior precaução por apresentarem maior risco epidêmico.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde ressalta que continua sendo observada a redução no número de notificações nos seguintes municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Seropédica, Magé, Santo Antonio de Pádua, entre outros dez municípios que também apresentam redução na quantidade de notificações.
Mortes
A Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 20 de abril, registrou 39 mortes, nas seguintes cidades: Nova Iguaçu (3), Duque de Caxias (3), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (5), Maricá (1), Mesquita (2), Rio de Janeiro (13), São João do Meriti (4) e São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (1), Itaperuna (1), Rio das Ostras (1).
Focos da doença
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil vistoriou na quarta-feira (20), à procura de focos de dengue, o quinto imóvel fechado cujo proprietário não atendeu às notificações da prefeitura.
Na casa, localizada no bairro do Andaraí, zona norte, foram encontrados prováveis focos do mosquito Aedes aegypti. O local já foi alvo de denúncia de moradores vizinhos.
O imóvel apresentava acúmulo de folhas e lixo na área externa. A caixa d’água tinha a tampa avariada e os agentes instalaram uma nova. Na piscina, havia detritos e focos de mosquito.
No local, foram colocados peixes larvófagos (que se alimentam de larvas). Havia focos também dentro de um balde com água, no quintal da casa. Segundo vizinhos, o imóvel está abandonado há alguns anos.
A ação foi baseada no decreto nº 31.406, de 2009, que autoriza os agentes de combate à dengue a entrar em locais sem a presença do responsável, depois de três tentativas, e contou com apoio da Guarda Municipal.
Jovens têm mais riscos
- O índice de infestação é um preditor [antecessor] de epidemia. Onde há muito mosquito há também grande possibilidade de epidemia, mas para disseminar a doença é preciso aliar três fatores: muito mosquito, um vírus forte ou novo em circulação e uma população suscetível. Os três fatores existem no Rio. A probabilidade é que em 2012 tenha mais casos que neste ano. Se continuar esse número crescente de notificações, a gente vai ter uma explosão dos casos.
Municípios em atenção
No entanto, os municípios de Bom Jesus de Itabapoana, Santo Antônio de Pádua, Cantagalo, Mangaratiba, Cordeiro, Guapimirim, Seropédica, Magé, Silva Jardim, Cabo Frio, Macuco, Iguaba Grande, Quissamã, Rio das Ostras, Angra dos Reis, Mesquita, Vassouras e Cambuci são observados com maior precaução por apresentarem maior risco epidêmico.
A Subsecretaria de Vigilância em Saúde ressalta que continua sendo observada a redução no número de notificações nos seguintes municípios: Bom Jesus de Itabapoana, Seropédica, Magé, Santo Antonio de Pádua, entre outros dez municípios que também apresentam redução na quantidade de notificações.
Mortes
A Secretaria Estadual de Saúde, até o dia 20 de abril, registrou 39 mortes, nas seguintes cidades: Nova Iguaçu (3), Duque de Caxias (3), Magé (2), Cabo Frio (1), São Gonçalo (5), Maricá (1), Mesquita (2), Rio de Janeiro (13), São João do Meriti (4) e São José do Vale do Rio Preto (1), Bom Jesus de Itabapoana (1), Itaocara (1), Itaperuna (1), Rio das Ostras (1).
Focos da doença
A Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil vistoriou na quarta-feira (20), à procura de focos de dengue, o quinto imóvel fechado cujo proprietário não atendeu às notificações da prefeitura.
Na casa, localizada no bairro do Andaraí, zona norte, foram encontrados prováveis focos do mosquito Aedes aegypti. O local já foi alvo de denúncia de moradores vizinhos.
O imóvel apresentava acúmulo de folhas e lixo na área externa. A caixa d’água tinha a tampa avariada e os agentes instalaram uma nova. Na piscina, havia detritos e focos de mosquito.
No local, foram colocados peixes larvófagos (que se alimentam de larvas). Havia focos também dentro de um balde com água, no quintal da casa. Segundo vizinhos, o imóvel está abandonado há alguns anos.
A ação foi baseada no decreto nº 31.406, de 2009, que autoriza os agentes de combate à dengue a entrar em locais sem a presença do responsável, depois de três tentativas, e contou com apoio da Guarda Municipal.
Jovens têm mais riscos
A disseminação do vírus da dengue entre a população jovem com a volta do vírus tipo 1 no Estado do Rio de Janeiro tem preocupado as autoridades de saúde, segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da Secretaria Estadual de Saúde do Rio, Alexandre Chieppe.
O vírus tipo 1 não era detectado desde meados da década de 1980, mas reapareceu no ano passado. Com isso, jovens, crianças e adolescentes, que nasceram após esse período, não têm imunidade ao vírus, ficando mais suscetíveis à doença.
- As pessoas que nasceram no final da década de 80 não têm imunidade. É uma população muito grande suscetível ao vírus.
Segundo Chieppe, do total de casos investigados pela secretaria, apenas 4% tiveram complicações e 1% foi considerado grave.
Outra preocupação é com os municípios da Baixada Fluminense, Niterói e São Gonçalo, cidades onde a grande densidade populacional aumenta o risco de contaminação da dengue, que atinge seu pico nos meses de março e abril.
O Rio de Janeiro está entre os 16 Estados com alto risco de epidemia de dengue, segundo levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde.
Fonte: R7
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