Mais uma vez o Ministério da Saúde sob o
pretexto de intensificar o combate ao mosquito devastador que vem aterrorizando
o país coloca os militares a disposição dos municípios para atuarem como apoio
no combate ao vetor. Nada de mais se não estivessímos em uma das cidades mais violentes do mundo ou ainda, não fosse os riscos extras que os agentes
de saúde podem correr ao adentrarem nas
comunidades acompanhados por um
militar. Em um país onde o trafico impera e a vida há muito já perdeu o seu
valor, nenhum traficante ficaria sossegado
sabendo que o Exercito está em “sua área”, do mesmo modo que nenhum agente de saúde
se sentirá seguro nas baixadas acompanhado de um militar durante o desenvolvimento do seu trabalho,
o risco de ser visto como um “X9” é grande e na melhor das hipóteses o trafico
vai dizer que o agente está levando policia prá sua área, e aí o “bicho pega”.
Não é necessário dizer mais nada, todavia os históricos de
matérias nos jornais falam por si.
Lamentavelmente o Governo Federal, os Estados e Municípios
querem tapar o sol com a peneira, buscam mão de obra 0800, quando na verdade
deveriam investir “de espírito e de
verdade” nos programas de combate as endemias, pois, é do conhecimento de todos que é necessário abrir
concurso (para regularizar o contingente
para dar conta dos números de imóveis que crescem a cada dia enquanto o numero
de agentes diminuem), aquisição de materiais de trabalho, capacitação dos
agentes, condições de trabalho e valorização
dos profissionais, e não tem como falar em valorização sem
citar o piso nacional que é a maior sacanagem que o governo federal e as
prefeituras vem fazendo com os agentes de
saúde do Brasil, alias pra encurtar o papo a saga do Piso Nacional dos agentes
de saúde mostra o quanto os governantes valorizam e levam a serio os
agentes de saúde ou porque não dizer a saúde de um modo geral.
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