Secretário de Saúde suspendeu o uso do larvicida Pyriproxyfen no estado.
Segundo ele, mesmo sem confirmação, 'não podemos correr esse risco'.
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Secretário de Saúde do RS João Gabbardo durante mobilização contra zika em Porto Alegre (Foto: SES/Divulgação) |
O Secretário de Saúde do Rio Grande do Sul, João Gabbardo dos Reis, afirmou, neste sábado (13) em Porto Alegre que suspendeu o uso do larvicida Pyriproxyfen no estado após ter notícias de que a substância poderia ter relação com casos de microcefalia.
O larvicida é utilizado na água para combater a proliferação do mosquito Aedes aegypti, sendo aplicado em caixas d´água e em outros pontos de concentração de água parada, conforme medida adotada pelo Ministério da Saúde. No entanto um grupo de médicos da Argentina e a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) questionam se o medicamento não teria relação com os casos de microcefalia.
O secretário afirmou que mesmo sem comprovação de que a substância possa ter alguma relação com casos de microcefalia, determinou que não seja usada no estado. "Mesmo que ainda não haja confirmação, só a suspeita nos fez decidir pela suspensão do uso, não podemos correr esse risco", disse Gabbardo.
Em dezembro de 2015 foi confirmado o primeiro caso de microcefalia ligado ao vírus zika no Rio Grande do Sul. A criança tem cerca de seis meses idade e nasceu na cidade de Esteio, na Região Metrolitana de Porto Alegre. A mãe esteve em Pernambuco no início da gestação, estado do Nordeste com o maior número de casos de microcefalia ligados ao zika vírus.
Na cidade de Salvador, na Bahia, o ministro da Saúde, Marcelo Castro, decartou a possibilidade levantada pelos médicos sobre o uso do larvicida em água consumida pela população, afirmando que se trata de boato.
"Isso é um boato. Isso é desprovido de qualquer logica e sentido. Não tem nenhum fundamento. O nosso é aprovado pela Anvisa e usado no mundo inteiro. Pyriproxyfen é reconhecido por todas as agências de regulação do mundo inteiro", disse.
Fonte G1
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