BRASÍLIA — O Brasil começou 2016 com um aumento do número de casos de dengue na comparação com 2015, ano que já tinha batido recordes da doença. Nas três primeiras semanas deste ano, foram registrados 73.872 casos no país, um crescimento de 48,2% em relação às 49.857 notificações do mesmo período de 2015. O número de casos graves e mortes, por outro lado, diminuiu. Os dados são de boletim do Ministério da Saúde.
Nas três primeiras semanas, foram confirmados nove casos de dengue grave, 137 de dengue com sinais de alarme, e quatro óbitos. No mesmo período de 2015, tinham sido confirmados 80 casos de dengue grave, 542 de dengue com sinais de alarme, e 50 mortes. Este ano, foram dois óbitos no Paraná, um em Rondônia e um em Mato Grosso do Sul.
Por estado, o maior número de casos este ano foi em Minas Gerais: 19.469, contra 2.977 no mesmo período do ano passado. Em seguida vem São Paulo, com 18.178 notificações, mas nesse caso o número é menor do que os 24.330 casos nas três primeiras semanas de 2015. São Paulo foi o estado com maior número de casos no ano passado.
Quando se leva em conta a população do estado, Mato Grosso do Sul tem a maior incidência: 114,8 casos por 100 mil habitantes. Em seguida vêm Tocantins (103), Espírito Santo (93,5) e Minas Gerais (93,3). Em 2015, as maiores incidências nesse período do ano eram no Acre e em Goiás.
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Entre os municípios com pelo menos 1 milhão de habitantes, Belo Horizonte tem a maior incidência de dengue: 193,7 casos por grupo de 100 mil pessoas. Em seguia, aparecem Campinas, Curitiba, Brasília e Recife.
Ribeirão Preto (SP) tem o pior índice entre as cidades com mais de 500 mil habitantes, com 338,9 casos por 100 mil pessoas. No grupo de cidades com 100 mil habitantes ou mais, Ubá (MG) é o destaque negativo: 608 casos por 100 mil pessoas. Nos municípios menores, com menos de 100 mil habitantes, Rancho Alegre (PR) tema maior incidência, com 3.609 casos por 100 mil pessoas.
O estado do Rio de Janeiro teve 3.992 casos nas três primeiras semanas de 2016, frente a 1.819 no mesmo período de 2015. A incidência da doença mais que dobrou: passou de 11 para 24,1 casos por 100 mil habitantes.
Em todo o país, das amostras analisadas, 94,1% foram de dengue tipo 1. Em seguida vêm o tipo 4 (4,8%), tipo 2 (0,7%) e tipo 3 (0,4%).
Até agora, 2015 foi o ano com o maior número de casos prováveis de dengue e de mortes em decorrência da doença: foram 1.649.008 e 863 respectivamente.
Agência O Globo
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