O salário mínimo do trabalhador do País deveria ter sido de R$ 2.212,66 em julho para que ele suprisse suas necessidades básicas e da família, conforme estudo divulgado hoje pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A constatação foi feita por meio da utilização da Pesquisa Nacional da Cesta Básica do mês passado, realizada pela instituição em 17 capitais.
Com base no maior valor apurado para a cesta no período, de R$ 263,38, em São Paulo, e levando em consideração o preceito constitucional que estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para garantir as despesas familiares com alimentação, moradia, saúde, transportes, educação, vestuário, higiene, lazer e previdência, o Dieese calculou que o mínimo deveria ter sido 4,06 vezes maior do que o piso vigente no Brasil, de R$ 545.
O valor é menor do que o apurado para junho, quando o mínimo necessário foi estimado em R$ 2.297,51 (4,22 vezes o piso em vigor). Em julho de 2010, o Dieese calculava o valor necessário em R$ 2.011,03, ou 3,94 vezes o mínimo então em vigor, de R$ 510.
A instituição também informou que o tempo médio de trabalho necessário para que o brasileiro que ganha salário mínimo pudesse adquirir, em julho, o conjunto de bens essenciais diminuiu, na comparação com o junho. Na média das 17 cidades pesquisas pela instituição, o trabalhador que ganha salário mínimo necessitou cumprir uma jornada de 93 horas e 52 minutos em julho para realizar a mesma compra que, em junho, exigia a realização de 96 horas e 5 minutos. Em julho de 2010, a jornada era de 91 horas e 50 minutos.
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