Familiares protestam contra prisão de guarda municipal por morte de jovem
Parentes e amigos dizem que suspeito participava de festa no dia do crime.
Grupo percorreu ruas do bairro do Curuzu na manhã deste domingo (21).
Grupo percorreu ruas do bairro do Curuzu na manhã deste domingo (21).
Do G1 BA
Manifestação no bairro do Curuzu, em Salvador (Foto: Reprodução/TV Bahia)
Dezenas de pessoas entre familiares e amigos do guarda municipal de 44 anos acusado do sequestro e morte da estudante Adriani Melo de Jesus, de 16 anos, fizeram uma manifestação na manhã deste domingo (21), no bairro do Curuzu, em Salvador. Eles afirmam que o homem não tem relação com o crime e foi preso injustamente. O grupo levou cartazes e carros de som e caminhou pelas ruas do bairro.
O guarda municipal, que trabalha nas prefeituras de Salvador e Lauro de Freitas, foi apresentado pela polícia na manhã de sexta-feira (19) como o principal suspeito, mas nega ter raptado e matado a adolescente. A prisão ocorreu com base em um retrato falado feito a partir do depoimento do namorado da jovem, que estava com ela no momento em que foi levada pelo autor do crime em Vila de Abrantes, região metropolitana de Salvador, no dia 28 de julho. O corpo dela foi encontrado no dia seguinte em um matagal perto da Estrada do Coco.
O retrato falado mostra a imagem de um homem de aparência jovem e pele clara. Amigos contam que o guarda municipal preso é negro e no dia do crime participava de uma festa da comunidade. A mulher do suspeito também afirma que o marido é inocente.
"Sou casada com ela há 22 anos, conheço meu marido e a índole dele. Nunca foi preso. Nós estamos aqui questionando, pedindo por justiça, porque no dia 28, o dia do crime, estávamos comemorando junto com as comunidades que estão aí uma festa de São Pedro, enquanto o crime estava ocorrendo lá. Então, a gente está aqui para pedir justiça. E o verdadeiro culpado vai ficar solto? O retrato falado é totalmente diferente, não condiz com a imagem dele. Esta prisão dele é totalmente incorreta, porque até o DNA, que nós estávamos esperando, com certeza tiraria a prova de que ele não tem nada a ver", relata a técnica de enfermagem Iralva Lima da Conceição.
O guarda municipal acusado mora com a mulher e os três filhos no bairro do Curuzu.
Crime
Segundo a família, Adriane voltava a pé da casa de uma amiga, com o namorado em Vila de Abrantes. Quando passavam em frente a um posto de combustíveis, um carro preto parou. Um homem armado desceu, obrigou a adolescente a entrar no carro e mandou o namorado dela fugir. No dia seguinte, Adriane foi encontrada morta com três tiros em um matagal próximo à Estrada do Coco.
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