23 novembro 2014

Política

Operação Lava Jato

PSDB, DEM, PSB e PT contrataram empresa investigada pela PF

A suspeita da Polícia Federal, informa jornal, é que a All Win, que prestou serviços a políticos, tenha recebido verba da OAS e seja uma empresa de fachada
por Redação — publicado 20/11/2014 12:10, última modificação 20/11/2014 15:41
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O ministro Aloizio Mercadante (PT), o prefeito de Santos Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e Gabriel Chalita (PMDB)
Uma empresa de propaganda contratada em 2010 para prestar serviços ao PSDB, DEM, PSB e PT está na mira das investigações da Polícia Federal na Operação Lava Jato. Segundo reportagem da Folha de S. Paulo publicada nesta quinta-feira 20, a investigadores da PF interrogaram executivos presos na última sexta-feira sobre as ligações entre a All Win Propaganda e a empreiteira OAS.
Os executivos ficaram em silêncio durante o interrogatório, mas a suspeita da Polícia Federal é a de que a All Win integre o esquema de propina da Petrobras e seja uma empresa de fachada utilizada para lavar dinheiro.
A empresa prestou serviços para diversas campanhas dos mais variados níveis em 2010, entre elas a da própria presidenta Dilma Rousseff, a do então candidato ao governo pelo PT Aloizio Mercadante, a de Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), atual prefeito tucano de Santos, a de Ulisses Sales (hoje no PSD e eleito à época pelo DEM) e a do então candidato a deputado federal pelo PSB Gabriel Chalita (atualmente filiado ao PMDB), além das campanha dos então candidatos a deputado do PT Valdeci Augusto Oliveira (BA), Rui Falcão (SP),Arlindo Chinaglia (SP) e Ricardo Berzoini (SP).
Também contrataram a empresa como fornecedora em 2010 Paulo Alexandre Barbosa (PSDB), atual prefeito de Santos, Ulisses Sales (PSD), suplente a deputado estadual e eleito à época pelo DEM, e o ex-deputado estadual Valdeci Augusto Oliveira (PT-BA).
Usaram os serviços da empresa-irmã da All Win o então candidato a deputado federal pelo PSB Gabriel Chalita –hoje no PMDB– (R$ 313 mil) e o atual presidente do PT Rui Falcão (R$ 73 mil).

entre outros.
À Folha o presidente o proprietário da All Win, Marcelo France, afirmou estar “surpreso” com a investigação.
No final de 2013, segundo relatório da Polícia Federal, o doleiro Alberto Youssef e o funcionário da OAS José Ricardo Nogueira Breghirolli (ambos presos) teriam combinado uma entrega de dinheiro no endereço onde funciona a All Win, na rua da Consolação, em São Paulo. De acordo com anotações do doleiro encontradas pela PF, naquele dia estava previsto um "money delivery" no valor de R$ 110 mil.
CARTA CAPITAL

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