Com Luiz Fernando Lima
Em Salvador, tida como a capital mais negra do Brasil, não é feriado no dia 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra.
Aqui, os movimentos negros entendem que o feriado mais serviria para dispersar do que aglutinar, por isso deletaram a ideia.
No Rio de Janeiro, é feriado em todos os 92 municípios. Em São Paulo, em 19 dos 645 municípios, a capital inclusa. No Mato Grosso, em 103 dos 141 municípios. E no resto do país, em sete outros municípios.
Curioso é que justamente em Salvador a data tem celebrações mais pujantes. No Rio, é bem verdade, o movimento negro leva flores e oferendas para a estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça 11, centro da cidade. Mas na capital baiana os movimentos sociais engrossam a Marcha de Zumbi, do Campo Grande ao Pelô, os blocos afros fazem o Fórum de Culturas Negras, na Liberdade, e a Unegro promove a Lavagem de Zumbi, na Praça da Sé, para onde os demais convergem, finalizando o dia com uma grande festa no Pelô.
Os líderes dizem que, se fosse feriado, talvez não fosse assim. Especialmente quando a data caísse numa segunda, por exemplo, o que equivaleria a um feriadão.
É o que dá no Rio, onde só tem bem-bom.
O feriado de Lula - Foi sem saber disso que em 2009 Lula, presidente da república, chegou a Salvador para a festa do Dia da Consciência Negra e entrou na contramão. A Praça Castro Alves lotada, ele soltou:
- Vocês estão aqui hoje, mas no próximo ano todo mundo vai para a praia, porque eu vou decretar feriado nacional!
Depois, com calma, explicaram a ele a situação. O decreto nunca saiu
Desastre eleitoral - Mas, do ponto de vista político, em 2014 os movimentos negros baianos não têm lá muito o que festejar.
Ou pior, acham que o resultado eleitoral, para eles, foi desastroso.
O desempenho foi dos piores. Após cinco mandatos de deputado federal consecutivos, Luiz Alberto (PT) perdeu; o deputado estadual Bira Coroa (PT) também; Olívia Santana (PCdoB) e Elias Sampaio (PT) não se elegeram. Só restou o federal Walmir Assunção (PT).
A situação só não é totalmente desastrada porque na Câmara de Salvador os vereadores Sílvio Humberto (PSB) e Gilmar Santiago (PT) salvam a lavoura. Não fosse isso...
Aqui, os movimentos negros entendem que o feriado mais serviria para dispersar do que aglutinar, por isso deletaram a ideia.
No Rio de Janeiro, é feriado em todos os 92 municípios. Em São Paulo, em 19 dos 645 municípios, a capital inclusa. No Mato Grosso, em 103 dos 141 municípios. E no resto do país, em sete outros municípios.
Curioso é que justamente em Salvador a data tem celebrações mais pujantes. No Rio, é bem verdade, o movimento negro leva flores e oferendas para a estátua de Zumbi dos Palmares, na Praça 11, centro da cidade. Mas na capital baiana os movimentos sociais engrossam a Marcha de Zumbi, do Campo Grande ao Pelô, os blocos afros fazem o Fórum de Culturas Negras, na Liberdade, e a Unegro promove a Lavagem de Zumbi, na Praça da Sé, para onde os demais convergem, finalizando o dia com uma grande festa no Pelô.
Os líderes dizem que, se fosse feriado, talvez não fosse assim. Especialmente quando a data caísse numa segunda, por exemplo, o que equivaleria a um feriadão.
É o que dá no Rio, onde só tem bem-bom.
O feriado de Lula - Foi sem saber disso que em 2009 Lula, presidente da república, chegou a Salvador para a festa do Dia da Consciência Negra e entrou na contramão. A Praça Castro Alves lotada, ele soltou:
- Vocês estão aqui hoje, mas no próximo ano todo mundo vai para a praia, porque eu vou decretar feriado nacional!
Depois, com calma, explicaram a ele a situação. O decreto nunca saiu
Desastre eleitoral - Mas, do ponto de vista político, em 2014 os movimentos negros baianos não têm lá muito o que festejar.
Ou pior, acham que o resultado eleitoral, para eles, foi desastroso.
O desempenho foi dos piores. Após cinco mandatos de deputado federal consecutivos, Luiz Alberto (PT) perdeu; o deputado estadual Bira Coroa (PT) também; Olívia Santana (PCdoB) e Elias Sampaio (PT) não se elegeram. Só restou o federal Walmir Assunção (PT).
A situação só não é totalmente desastrada porque na Câmara de Salvador os vereadores Sílvio Humberto (PSB) e Gilmar Santiago (PT) salvam a lavoura. Não fosse isso...
A TARDE
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