A MENTIRA
É falso testemunho mentir, para prejudicar alguém.
Vi, recentemente, num programa de televisão (não sei se verdadeiro ou mentiroso...), as conseqüências da mentira. Uma jovem confessou à sua mãe uma mentira. Há alguns anos sumira uma jóia na casa. A moça a pegara para beneficiar uma amiga em dificuldade mas disse que fora a empregada que a roubara. A empregada foi demitida. À mãe só coube desesperar-se pela injustiça que praticara e que agora não podia mais reparar.
Todos nós conhecemos histórias deste tipo, com conseqüências mais ou menos trágicas..
É falso testemunho mentir, para manter autopreservação ou para parecer aquilo que não se é.
Um erro cometido não pode ser escondido por uma mentira. A mentira não redime. Só a confissão pode trazer a cura para a mentira.
Jesus Cristo radicaliza contra os mentirosos: eles têm um pai, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. O Diabo foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira (João 8.44-45). Por isto, o nosso "sim" deve ser "sim" e o nosso não deve ser não; o que passar disso vem do Maligno (Mateus 5.37).
Diante da mentira, a recomendação bíblica é sempre muito clara: Cada um de vocês deve abandonar a mentira e falar a verdade ao seu próximo, pois todos somos membros de um mesmo corpo (Efésios 4.25).
O JULGAMENTO INDEVIDO
É falso testemunho emitir julgamento indevido contra alguém
Ouçamos o que diz Jesus: Não julguem, para que vocês não sejam julgados.
Pois da mesma forma que julgarem, vocês serão julgados; e a medida que usarem, também será usada para medir vocês. Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?
Como você pode dizer ao seu irmão: 'Deixe-me tirar o cisco do seu olho', quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão (Mateus 7.1-5)..
Notemos que Jesus não nos disse para não julgar, porque isto é impossível, mas que primeiro nos julgássemos a nós mesmos. "Cristo não nos impôs a abstenção de jamais julgarmos". O que Ele pede é que devemos nos julgar a nós mesmos antes de julgar os outros. "Reconhecendo a malignidade potencial dos julgamentos morais, Ele nos instruiu não para que nos abstivéssemos em qualquer circunstância de os emitir, mas para que nos purifiquemos antes de os emitir. Aqui é onde os malignos fracassam. É a autocrítica o que eles evitam". (PECK, M. Scott. O povo da mentira. Rio de Janeiro: Imago, 1992, p. 309).
Só devemos julgar se for para curar. Fora disto, todo julgamento é filho do ressentimento, todo julgamento é indevido, todo julgamento é falso testemunho. "Se for a de aumentar a nossa auto-estima, o nosso orgulho, então o propósito [do julgamento] está errado" (PECK, M. Scott, op. cit., p. 309). Desejar curar é viver a graça de Deus.
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Nunca diga para os outros, aquilo que não gostaria de ouvir