Foto: Júnior Aguiar/Sesacre
O crescimento no número de transplantes perdeu fôlego com a crise
econômica e deve crescer em ritmo menor que o número de doadores. A
projeção do Ministério da saúde para este ano é de que o transplante de
órgãos sólidos caia de 7.772 para 7.550 em relação a 2015. Esta é a
primeira queda desde 2005. Os dados foram apresentados neste sábado
(17), durante o lançamento da campanha nacional de Doação de Órgãos. A
coordenadora do Sistema Nacional de Transplante, Rosana Rios Nothem,
explicou que, apesar da diminuição desse tipo de transplantes, o
crescimento segue sustentável. A projeção do Ministério da Saúde para
este ano é 24.182 transplantes, 600 a mais que em 2015. Em 2014, foram
23.227. "Em um contexto de crise é perfeitamente esperado, os estados
estão passando por dificuldades, qualquer modalidade assistencial acaba
sofrendo algum revés. E o transplante é uma modalidade assistencial
cara, de difícil absorção tecnológica", disse à Agência Brasil. Cerca de
42.523 mil pessoas aguardavam na fila para transplante até 30 de junho
deste ano. Em 2015, havia 41.236 pessoas na lista de espera. Outro
grande desafio do sistema é o de diagnóstico e certificação em tempo
hábil da morte encefálica, quando o coração continua batendo, mas o
cérebro deixa de funcionar. Atualmente, 30% das pessoas com mortes
encefálicas acabam tendo seus órgãos doados. Boa parte dos casos em que
não há doação, deve-se à recusa familiar. A projeção anual considerando o
1º semestre é de que das cerca de 9,86 mil notificações de morte
encefálica, 2,87 mil são doadores efetivos.
Bahianotícia
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