05 setembro 2016

Anvisa vai liberar lote de achocolatado que havia sido suspenso no país

Órgão descartou a contaminação do produto e suspendeu interdição.
Comercialização tinha sido proibida após morte de menino, em Cuiabá.


Lislaine dos AnjosDo G1 MT




Lote de achocolatado havia sido recolhido de mercados após interdição da Anvisa (Foto: Carlos Palmeira/G1)
Lote de achocolatado havia sido recolhido de mercados após interdição da Anvisa (Foto: Carlos Palmeira/G1)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) comunicou nesta sexta-feira (2) a suspensão da interdição cautelar que determinava o recolhimento e comercialização do lote M4 21:18 do achocolatado Itambezinho, da marca Itambé. O anúncio foi feito após laudo divulgado pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp), nesta quinta-feira (1º), identificar veneno em bebida ingerida por menino de 2 anos, que morreu na semana passada, em Cuiabá. A contaminação do produto foi descartada.

“A Anvisa reitera que a empresa Itambé não foi responsável pelo ocorrido e que a hipótese de contaminação decorrente do processo de fabricação do produto está descartada”, diz trecho da nota.
Segundo a Anvisa, a revogação da resolução será publicada na próxima segunda-feira (5).
A comercialização do lote estava suspensa desde o dia 29 de agosto, depois da publicação da portaria no Diário Oficial da União.
Após a comprovação do envenenamento da bebida consumida pela criança, a Itambé publicou nota lamentando o ocorrido, afirmando que se solidariza com a dor da família e que reforça o compromisso com os consumidores ao entregar produtos com qualidade.
A suspensão da interdição é necessária devido à comprovação de que cinco unidades do achocolatado haviam sido adulteradas, de acordo com a Anvisa. A partir da publicação da revogação, o lote do produto poderá ser comercializado normalmente.

Rhayron Christian da Silva Santos  (Foto: Arquivo pessoal)
Rhayron Christian da Silva Santos, de 2 anos, morreu no dia 25 de agosto (Foto: Arquivo pessoal)
Morte de criança
Rhayron Christian da Silva Santos morreu no dia 25 de agosto, uma hora após ingerir o achocolatado. A mãe, Dani Cristina dos Santos, de 26 anos, informou que ela deu a bebida ao garoto. Ela disse, ainda, que também tomou um pouco e passou mal, mas não chegou a ser internada. Um amigo da família que bebeu o achocolatado passou mal e foi hospitalizado.
A Polícia Civil informou que a bebida foi envenenada por Adônis José Negri, de 61 anos, como vingaça contra Deuel de Rezende Soares, de 27 anos, que teria furtado a casa dele. Os dois foram presos na quinta-feira (1º).
Dois suspeitos são presos na morte de criança após beber achocolatado (Foto: Thainá Paz/ G1)
Adônis Negri (à esquerda) teria envenenado achocolatado furtado por Deuel Soares  (Foto: Thainá Paz/ G1)
Segundo a polícia, tanto os suspeitos quanto a família moram no Bairro Parque Cuiabá e, após furtar o achocolatado, Deuel vendeu cinco caixinhas do produto para o pai da criança por R$ 10. O inquérito está na Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente da capital, sob a responsabilidade do delegado Eduardo Botelho, e deve ser concluído em até 15 dias.
Conforme o delegado, Adônis deverá responder por homicídio qualificado e tentativa de assassinato e Deuel, por furto qualificado. Os dois foram levados para o Centro de Ressocialização de Cuiabá, antigo presídio do Carumbé. Deuel já tem condenação na Justiça por furto.
Fonte: G1

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