07 junho 2016

Secretária Sônia Magnólia reafirma 0% de reajuste, adia o enquadramento e se recusa a entregar a ata da reunião.

Depois de uma reunião com os representantes dos servidores do município de Salvador na última quinta-feira (2), na qual participaram a AACES, o SINDSEPS, o SINDACS BA e a ASTRAM, a secretária de Gestão, Sônia Magnólia, afirmou em alto e bom som que a proposta da prefeitura para os servidores é: “0% de reajuste e o enquadramento só em novembro”.
Com todo um cenário preparado para dizer “NÃO” ao servidor, a reunião contou com a presença do subsecretário da fazenda, Walter Cairo, na qual apresentou o quadro da arrecadação tributária que, segundo ele, estaria negativo em 7%. Vale ressaltar que os trabalhadores suspenderam uma greve de trinta dias para aguardar o fechamento do quadrimestre, acreditando que a prefeitura iria pelo menos repor as perdas com a inflação, ledo engano.
Após muitos questionamentos por parte dos representantes dos trabalhadores sobre os critérios adotados para chegar a essa decisão, inclusive Josué Ferreira  (AACES) argumentou que, “em relação aos agentes de saúde, o recurso vem do governo federal e que o prefeito deveria cumprir a lei do piso”, mas não adiantou, chegou-se então a conclusão de que qualquer argumentação naquele momento seria em vão, lembrando que essa atual gestão ainda não cumpriu parte do acordo do ano passado. Todavia, o que nos intriga é a dificuldade da secretária para emitir a ata da reunião. Num primeiro momento disse que faria a ata, que não teria problema nenhum e que não disse nada que não poderia ser dito; depois disse que faria no dia seguinte na presença do procurador; depois não disse mais nada, ou seja, por três vezes a ata foi “negada” aos representantes sindicais.
Pelo resumo da opera, percebe-se que a prefeitura escolheu o servidor para contingenciar suas contas, querendo colocar a “crise” nas costas do servidor, e, como se não bastasse, o vereador Claudio Tinoco vai pra mídia dizer que “...é legitimo dar 0% de reajuste para os servidores”. Será que pra ele dar “0” pros outros é refresco?
Nesta quarta-feira,  às 8h, acontece uma assembleia geral dos servidores na quadra dos bancários nos Aflitos, onde os trabalhadores discutirão e decidirão os rumos da categoria.
Ressaltando que durante a última greve, num universo de quase 4000 agentes, menos de duzentos estavam na luta, de modo que nós temos um piso nacional aprovado por lei, esquecido pelo governo federal, ignorado pelo governo municipal e  ignorado pelos agentes de saúde, quando não vão buscar o seu direito legal. A gestão diz que não vai pagar e realmente não vai se só tiver 100 ou 200 lutando, mas se esses quase 4000 entenderem que unidos somos mais fortes e forem pras ruas, certamente conseguiremos!
A vitória do trabalhador está em suas próprias mãos.

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