Depois de uma
reunião com os representantes dos servidores do município de Salvador na última
quinta-feira (2), na qual participaram a AACES, o SINDSEPS, o SINDACS BA e a ASTRAM, a
secretária de Gestão, Sônia Magnólia, afirmou em alto e bom som que a proposta da
prefeitura para os servidores é: “0% de reajuste e o enquadramento só em
novembro”.
Com todo um cenário
preparado para dizer “NÃO” ao servidor, a reunião contou com a presença do subsecretário
da fazenda, Walter Cairo, na qual apresentou o quadro da arrecadação tributária que,
segundo ele, estaria negativo em 7%. Vale ressaltar que os trabalhadores
suspenderam uma greve de trinta dias para aguardar o fechamento do quadrimestre,
acreditando que a prefeitura iria pelo menos repor as perdas com a inflação,
ledo engano.
Após muitos
questionamentos por parte dos representantes dos trabalhadores sobre os critérios
adotados para chegar a essa decisão, inclusive Josué Ferreira (AACES)
argumentou que, “em relação aos agentes de saúde, o recurso vem do governo
federal e que o prefeito deveria cumprir a lei do piso”, mas não adiantou,
chegou-se então a conclusão de que qualquer argumentação naquele momento seria
em vão, lembrando que essa atual gestão ainda não cumpriu parte do acordo do
ano passado. Todavia, o que nos intriga é a dificuldade da secretária para emitir a
ata da reunião. Num primeiro momento disse que faria a ata, que não teria
problema nenhum e que não disse nada que não poderia ser dito; depois disse que
faria no dia seguinte na presença do procurador; depois não disse mais nada, ou
seja, por três vezes a ata foi “negada” aos representantes sindicais.
Pelo resumo da
opera, percebe-se que a prefeitura escolheu o servidor para contingenciar suas
contas, querendo colocar a “crise” nas costas do servidor, e, como se não
bastasse, o vereador Claudio Tinoco vai pra mídia dizer que “...é legitimo dar
0% de reajuste para os servidores”. Será que pra ele dar “0” pros outros é
refresco?
Nesta quarta-feira, às 8h, acontece uma assembleia geral dos servidores na quadra dos bancários
nos Aflitos, onde os trabalhadores discutirão e decidirão os rumos da categoria.
Ressaltando que durante a última greve, num universo de quase 4000 agentes,
menos de duzentos estavam na luta, de modo que nós temos um piso nacional
aprovado por lei, esquecido pelo governo federal, ignorado pelo governo municipal
e ignorado pelos agentes de saúde, quando
não vão buscar o seu direito legal. A gestão diz que não vai pagar e realmente
não vai se só tiver 100 ou 200 lutando, mas se esses quase
4000 entenderem que unidos somos mais fortes e forem pras ruas, certamente
conseguiremos!
A vitória do trabalhador está em suas próprias mãos.
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