02 junho 2016

‘Pílula do câncer’ reduz tumores em camundongos, mostra teste


‘Pílula do câncer’ reduz tumores em camundongos, mostra teste
Foto: Cecília Bastos / USP Imagem
Um estudo feito com 40 camundongos revelou que a fosfoetanolamina, conhecida como pílula do câncer, reduziu em 34% o tamanho de tumores de pele nos animais que a ingeriram diariamente durante 24 dias. Publicada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a pesquisa foi encomendada pelo governo federal e feita em parceria com o Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (Cienp), de Florianópolis. Para chegar ao resultado, os pesquisadores inseriam no dorso dos animais células cancerígenas semelhantes às que provocam câncer de pele em seres humanos e, no 12º dia após o implante, dividiram os camundongos em dois grupos. Em um deles, os animais receberam doses de 200mg/kg do composto. O outro foi medicado com doses de 500mg/kg da substância. Já o restante dos roedores foi tratado com Cisplatina, medicamento utilizado há mais de 30 anos no combate a tumores, três vezes por semana. Os pesquisadores concluíram que a pílula foi capaz de “retardar de forma significativa o crescimento tumoral”, mas apenas na versão de 500 mg/kg. A versão maior do composto diminuiu o tamanho do tumor em 34%, contra uma redução de 68% do medicamento já usado no combate ao câncer. Já os camundongos que ingeriram 200 mg/kg da fosfoetanolamina não apresentaram redução no tamanho do tumor, com aumento de 14 vezes no tamanho em relação ao primeiro dia de tratamento.
 
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