Foto: Fred Pontes/Bahia Notícias
Se os candidatos a governo de estado se engalfinham entre si para deslegitimar as pesquisas que lhe dão um pior cenário eleitoral, um estatístico ouvido pelo Jornal A Tarde determinou o “voto da minerva”: tanto a pesquisa realizada pelo Instituto Babesp quanto a promovida pelo Ibope estão erradas. Denivaldo Fernandes, especialista em marketing político e eleitoral e fiscal do Conselho Federal de Estatística da 5ª Região (Bahia, Minhas Gerais e Sergipe), aponta erros nos levantamentos que comprometem o resultado final. Apesar de ser informado em que municípios as entrevistas foram feitas na pesquisa da Babesp, não há detalhamentos quanto às zonas em que as pessoas foram entrevistadas (urbana ou rural), o que influencia no levantamento. Além disso, a margem de erro seria menor que a apontada pela estimativa, o que facilitaria o empate técnico entre os candidatos. A pesquisa do Ibope também contou com o mesmo erro na amostragem, ao apontar a margem de erro em 3% mesmo com um número de entrevistados indicando uma margem menor. Enquanto a pesquisa Babesp foi encomendada pelo presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Nilo (PDT), que tem a intenção de se reeleger na coligação da chapa petista, a do Ibope foi a pedidos da TV Bahia, emissora pertencente à família Magalhães, do atual prefeito de Salvador e apoiador da candidatura de Paulo Souto (DEM), ACM Neto. O Instituto Ibope declarou, em resposta, que "tem o critério de não divulgar resultados com casas decimais porque a pesquisa não tem a precisão necessária para indicar com exatidão os resultados indicados com casas decimais". Já Roberto Matos, diretor do Babesp, assinalou que realiza as pesquisas de acordo com as normas eleitorais e assegura que os levantamentos "são elaborados seguindo estritamente as disposições legais e técnicas".
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