VEJA O RESULTO DA ASSEMBLEIA

Servidores da rede municipal de saúde decidem aceitar nova proposta da administração

Na manhã desta quarta-feira (09), em mais uma assembleia vitoriosa realizada pelo Sindseps, os trabalhadores da rede municipal de saúde de Salvador decidiram aceitar a nova proposta da administração municipal para a categoria.

Com a participação de vários segmentos profissionais da saúde, a plenária ordeira e pacífica aconteceu na frente da sede a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), e a decisão democrática da maioria prevalece depois de encaminhadas as perspectivas futuras de mobilização dos servidores municipais que terão amplo apoio e respaldo do sindicato.

Para os agentes de combate às endemias e comunitários de saúde, o reajuste percebido foi de 6,5% retroativo ao mês de maio de 2012; gratificação por avanço de competência a partir de junho de 2012; implantação de projeto-piloto em caráter experimental para o combate à dengue com escala horária entre 08h e 14h, ou seja, seis horas initerruptas sem prejuízos financeiros ou de benefícios; além do estudo de viabilidade de exigência de nível médio de escolaridade nos próximos concursos para a função.

Os demais grupos funcionais terão os seguintes ganhos: concessão de 2% de reajuste para esses servidores retroativos ao mês de maio de 2012; avanço de 1 nível em julho de 2012 em cumprimento ao artigo 36 § IV combinado com o artigo 37  da Lei 7867/2010.

Outra vitória significativa foi a categoria dos aposentados e pensionistas do grupo saúde que também terão o reajuste de 6,5% como os demais aposentados e pensionistas da Prefeitura de Salvador.

A direção do Sindseps e das entidades que estiveram participação das negociações reafirmam o compromisso de aceitar a decisão obtida na assembleia, e de continuar as estratégias de mobilização dos servidores municipais.

“Nossa representação é definida pela vontade do trabalhador, e não induzimos qualquer que seja a decisão, pois acreditamos no sentimento de direção que os servidores municipais nos orientam. Assim se faz a verdadeira representação sindical, e os avanços são percebidos pela categoria que tem nos dado a honra da confiança em caminhar lado a lado na luta diária pelas nossas conquistas”, afirmou Jeiel Soares, coordenador geral do Sindseps.

O coordenador Everaldo Braga enfatizou a autonomia que os servidores municipais estão tendo na atual gestão do Sindseps. “Os trabalhadores são ouvidos em sugestões, questionamentos e críticas. A decisão de qualquer encaminhamento feito nas assembleias é do servidor, e em sua maioria como reza a democracia. Seguimos o caminho onde quem decide é o principal protagonista, e em assim sendo, o trabalhador faz valer sua vontade, e o seu sindicato exerce a representação para conseguir os objetivos traçados pela coletividade”, disse Braga.

Um questionamento veemente feito por um agente de combate às endemias sobre assédio moral e perseguição provocou repúdio da direção do Sindseps, que prometeu providências para sanar as tentativas de intimidação de servidores públicos que participam das mobilizações da entidade.

“Repudiamos sim, e tomaremos medidas enérgicas para garantir o sagrado direito dos trabalhadores em participar das assembleias que o seu sindicato realiza de maneira legítima. Em qualquer lugar onde o direito do servidor público for ameçado por chefias ou supervisores que não entendem a verdadeira luta do trabalhador, estaremos de maneira veemente, combatendo e ‘comprando a briga’ para resgatar a nossa soberania. Não ousem duvidar de nossa força, pois nossa força não é feita por pressão, ameaça ou assédio, a nossa força vem da reação do trabalhador e dos remédios jurídicos que estão ao nosso alcançe”, garantiu Helivaldo “Alemão”, coordenador do Sindseps.

Para Bruno Cruz, o sindicato compromete-se a apurar individualmente cada caso de assédio moral, perseguição ou ameça sofrida por servidor municipal durante a sua jornada de trabalho. “O nosso departamente jurídico foi reformulado para atender às necessidades do servidor, e quantos forem os reclames, seguiremos até o local onde estiver ocorrendo desrespeito, e tentaremos conscientizar quem infrige nosso direito de mobilização. E se essa medida não surtir efeito esperado, exigiremos da secretaria pertinente que corrija o erro, e se assim não for feito, caminharemos por medidas jurídicas que certamente serão pautadas pelo que determina a Lei”, afirmou Bruno.