O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em parceria com o Sistema Integrado de Atendimento Regional (Siga V - Brotas), promoveu mais uma ação de desratização no Engenho Velho de Brotas e na Vila Viver Melhor, no Vale do Ogunjá, nesta terça-feira (15). A segunda operação realizada este ano na região tem o objetivo de combater o alto índice de ratos, transmissores da leptospirose - doença comum no período chuvoso.
Duas equipes foram mobilizadas, uma das quais direcionada para a Vila Viver Melhor, no Vale do Ogunjá. "Mandamos o maior número de agentes para este local devido à grande quantidade de lixo. São restos de entulho de obra, além de móveis e eletrodomésticos velhos, que são descartados a céu aberto, aumentando o risco de proliferação dos ratos e causando mais problemas para a população", explica Paulo Roberto Souza Soares, supervisor do CCZ.
A outra equipe foi deslocada para cobrir as ruas do Engenho Velho de Brotas, para limpeza e aplicação dos produtos na Escola Municipal João XXIII e na Rua José Filgueiras. Já na Rua São Roque, em Cosme de Farias, foi encontrado um terreno baldio sem nenhuma limpeza, local propício à proliferação de ratos.
Ao todo, foram utilizados 468 blocos parafinados e 17 quilos de pó de contato. Com os blocos, os ratos se alimentam e morrem em até três dias. O pó de contato adere à pele dos animais e é espalhado em toda a toca, através do contato direto.
Conscientização - As operações realizadas pelo CCZ serão mais eficazes com a ajuda dos próprios prejudicados: os moradores. "Fazemos um trabalho de conscientização com a população das ruas onde passamos, entregando panfletos explicativos, doados pela equipe da Sesp (Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à Violência) e Limpurb, nossas parceiras em todos os projetos de limpeza. Mas, quando vemos todo este lixo espalhado, ficamos espantados", destaca Marcelo Castilho, gestor do Sistema Integrado de Atendimento Regional do bairro (Siga V - Brotas).
Doença - A leptospirose é uma doença infecciosa febril, aguda, causada por uma bactéria, a Leptospira interrogans. A doença ocorre em pessoas de todas as idades e ambos os sexos, porém é mais comum na população masculina em idade produtiva. A contaminação é feita através do contato com a urina do rato, que pode ser mais frequente no período chuvoso. Em 90% dos casos de leptospirose, a evolução é benigna.
SINTOMAS
|
TRATAMENTO
|
- O período de incubação pode variar de dois a 30 dias, sendo que a média é dez dias de intervalo entre a contaminação e o início dos sintomas da leptospirose.
- Os pacientes podem apresentar febre alta com calafrios, dor de cabeça e dor muscular, principalmente nos membros inferiores e panturrilha.
- A doença também pode provocar náuseas, vômitos e diarréia.
- O portador da doença geralmente tem os olhos acentuadamente avermelhados.
- Outros possíveis sintomas incluem tosse, faringite, dor articular, dor abdominal, sinais de meningite, manchas pelo corpo e aumento dos linfonodos, baço e fígado. - Como os sintomas da leptospirose são semelhantes às de várias outras doenças que causam febre, o dado mais importante para o diagnóstico é a exposição recente a situações de risco, como enchentes ou contato com água de poços, fossas, bueiros e esgoto.
- Nos casos mais graves, pode levar à morte.
|
- O tratamento da leptospirose é feito com antibióticos, que eliminam a bactéria dos rins e, consequentemente, a transmissão desta doença.
- Uso de medicamentos e outras medidas, de acordo com os sintomas, deve ser feito sempre com a orientação de um médico.
- Os casos leves são tratados em ambulatório.
- Os casos graves precisam de internação.
- A automedicação não é indicada, pois pode agravar a doença.
- Se a doença for diagnosticada em animais, a recomendação por lei é de que o bicho seja internado em uma clínica veterinária para tratamento.
|
Fonte: Secom Siga V
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Nunca diga para os outros, aquilo que não gostaria de ouvir