O prefeito ACM Neto (DEM) pretende cortar mil terceirizados e substituir
cinco mil por contratos Reda. Com essas mudanças, que serão feitas no
âmbito da reforma administrativa no início do seu segundo mandato,
espera economizar R$ 60 milhões por ano. Ele deu as informações após
participar da abertura do Encontro de Orientação do Tribunal de Contas
dos Municípios (TCM) com Prefeitos Eleitos e Reeleitos, realizado nesta
quarta-feira, 16, no Hotel Fiesta.
Neto explicou que “a parte substantiva da economia” será no corte dos
terceirizados. Atualmente a prefeitura conta com 11 mil terceirizados.
“O restante da reforma é neutra (em termos de economia). O redesenho do
governo vai ocorrer sem impacto, nem de crescimento nem de diminuição de
despesa. O que vai representar isso é a questão dos terceirizados”,
disse.
No encontro, ao falar para uma plateia de prefeitos, Neto aconselhou os
colegas a “fazer o dever de casa” logo no início da gestão como ele fez
no seu primeiro mandato. “Ou arruma a casa adotando medidas amargas no
começo ou não consegue fazer adiante”, disse, lembrando que, como os
eleitos em outubro ainda têm “capital político” para enfrentar as
pressões, deve fazer tudo para se obter o equilíbrio financeiro e
sugeriu aos prefeitos reduzir os servidores terceirizados como ele
próprio quer fazer.
Disse que, diante da crise econômica, os prefeitos não devem esperar
“ajuda externa” nem contar com a sorte. “Tem que se preparar por conta
própria”. Sugeriu ainda que os prefeitos se unam para reivindicar uma
parcela maior de recursos caso o Congresso Nacional reabra o processo de
repatriação. “Precisamos nos mobilizar antes mesmo de o assunto começar
a ser discutido no Congresso”. A prefeitura de Salvador recebeu R$ 44
milhões da parcela que tinha direito na repatriação.
Eleição
Sobre a eleição de presidente da Câmara Municipal, Neto admitiu uma
intervenção para evitar disputa. “Se não for possível, deixa a disputa
existir e que no dia seguinte todos estejam juntos como foi há quatro
anos”. Assegurou que ainda não está “atuando” no processo, o que deve
ocorrer em dezembro. “A atuação vai ser olhando se será possível evitar
uma disputa. Se for possível, ótimo”, assinalando que não tem
preferência por nomes desde que seja de sua base.
O prefeito eleito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão, também
presente ao encontro dos gestores eleitos, disse estar com dificuldades
para obter informações da prefeitura neste período de transição:
“Esperávamos um gesto de grandeza do nosso prefeito, porque afinal de
contas a maior potência do mundo deu agora exemplo de civilidade quando
Obama convidou Trump para um encontro apesar das farpas que trocaram,
entendendo que os Estados Unidos são maiores que os dois. Pedimos ao
prefeito Guilherme Menezes uma antecipação do processo de transição por
ser dezembro um mês de festas, mas ele não acatou, sequer assinou,
mandou um ofício assinado pela secretária da Administração, portanto não
criou facilidades para transição”.
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