07 março 2015

Esquema envolvendo PP, PMDB e PT tinha pagamentos mensais, diz PGR


Após o pedido de abertura de 28 inquéritos pela Procuradoria Geral da República (PGR) – aceitos integralmente pelo ministro relator da Operação Lava Jato, Teori Zavascki -, o órgão detalhou as conclusões das investigações que resultaram no indiciamento de políticos do PP, PMDB e PT no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a PGR, cada partido possuía o próprio interlocutor junto as diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional da Petrobras, com atuações entre os anos de 2003 e 2012. O PP tinha como operador o doleiro Alberto Youssef e minava recursos da diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto Costa. No caso do PT, o tesoureiro do partido, João Vaccari, era o responsável pela distribuição dos valores após desvios na diretoria de Serviços, controlada por Renato Duque. Na diretoria ocupada por Nestor Cerveró (Diretoria Internacional), o interlocutor junto ao PMDB era o lobista Fernando Baiano. “Segundo os depoimentos, os agentes políticos responsáveis pela indicação de Paulo Roberto Costa para Diretoria de Abastecimento da Petrobras recebiam, mensalmente, um percentual do valor de cada contrato firmado pela diretoria. Outra parte era destinada a integrantes do PT responsáveis pela indicação de Renato Duque para Diretoria de Serviços. Era essa diretoria que indicava a empreiteira a ser contratada, após o concerto entre as empresas no âmbito do cartel. De 2004 a 2011, eram os integrantes do PP quem davam sustentação à indicação de Paulo Roberto, e, a partir de meados de 2011, os integrantes do PMDB responsáveis pela indicação do diretor da área internacional da estatal passaram a apoiar o nome de Paulo Roberto para o cargo de diretor. Daí porque também passaram a receber uma fatia da propina”, detalha o órgão. Abaixo, o infográfico produzido pela PGR:

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