Após
o pedido de abertura de 28 inquéritos pela Procuradoria Geral da
República (PGR) – aceitos integralmente pelo ministro relator da
Operação Lava Jato, Teori Zavascki -, o órgão detalhou as conclusões das
investigações que resultaram no indiciamento de políticos do PP, PMDB e
PT no Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com a PGR, cada partido
possuía o próprio interlocutor junto as diretorias de Abastecimento,
Serviços e Internacional da Petrobras, com atuações entre os anos de
2003 e 2012. O PP tinha como operador o doleiro Alberto Youssef e minava
recursos da diretoria de Abastecimento, ocupada por Paulo Roberto
Costa. No caso do PT, o tesoureiro do partido, João Vaccari, era o
responsável pela distribuição dos valores após desvios na diretoria de
Serviços, controlada por Renato Duque. Na diretoria ocupada por Nestor
Cerveró (Diretoria Internacional), o interlocutor junto ao PMDB era o
lobista Fernando Baiano. “Segundo os depoimentos, os agentes políticos
responsáveis pela indicação de Paulo Roberto Costa para Diretoria de
Abastecimento da Petrobras recebiam, mensalmente, um percentual do valor
de cada contrato firmado pela diretoria. Outra parte era destinada a
integrantes do PT responsáveis pela indicação de Renato Duque para
Diretoria de Serviços. Era essa diretoria que indicava a empreiteira a
ser contratada, após o concerto entre as empresas no âmbito do cartel.
De 2004 a 2011, eram os integrantes do PP quem davam sustentação à
indicação de Paulo Roberto, e, a partir de meados de 2011, os
integrantes do PMDB responsáveis pela indicação do diretor da área
internacional da estatal passaram a apoiar o nome de Paulo Roberto para o
cargo de diretor. Daí porque também passaram a receber uma fatia da
propina”, detalha o órgão. Abaixo, o infográfico produzido pela PGR:
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