As Centrais Sindicais convocaram os trabalhadores para manifestação em frente ao Banco Central, em Salvador, amanhã, quarta-feira (17), às 09h, contra o aumento da taxa básica de juros, a Selic. O protesto ocorre simultaneamente em várias cidades do país com o intuito de criticar a inflação e a possível retomada da alta de juros.
Na mesma data do protesto, o conselho monetário BC se reúne para decidir se a taxa Selic sofrerá alguma mudança ou não. A inflação acumulada pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em 12 meses chegou a 6,59% em março, maior índice desde novembro de 2011, quando a taxa ficou em 6,64%.
A presidente da Força Sindical Bahia, Nair Goulart, disse que o objetivo é protestar contra a política de juros altos que tanto prejudica a população, o consumo e a geração de novos postos de trabalho. “Os trabalhadores exigem a queda dos juros porque é preciso fomentar a produção e gerar empregos”, disse Nair.
Os sindicalistas da Força Sindical irão expressar o descontentamento dos trabalhadores com a política econômica do governo Dilma Rousseff. A alta taxa de juros abre espaço para especulação e diminui o investimento produtivo e o crédito. Para chamar atenção para o protesto, será montada uma “feirinha”, em frente ao Banco Central, com produtos que sofreram elevação nos preços. A farinha, que subiu 181% e o tomate, com alta de 166%, foram os vilões da cesta básica nos últimos 12 meses, além deles o preço do feijão e arroz também subiram significativamente.
A Força Sindical vai cobrar do governo medidas para reduzir a taxa que hoje ainda continua entre as maiores registradas no mundo. Para a Central, é preciso que o governo mantenha uma política de redução dos juros e que dê continuidade à política de corte da taxa Selic, que somada a outras medidas, será possível estimular os investimentos públicos e privados em vários setores.
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