O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) intensificou o combate ao Aedes aegypti em órgãos públicos da capital. Durante a ação, os agentes de Combate ás endemias visitaram espaços como escolas estaduais e municipais, unidades de saúde e Prefeituras-Bairro. Os ACS,s fizeram inspeção nesses espaços para identificar possíveis focos do mosquito transmissor, além de orientações e distribuição de material informativo.
As ações aconteceram em cinco distritos sanitários, Subúrbio Ferroviário, São Caetano Valéria, Liberdade, Barra Rio vermelho e Itapuã.
Praças e logradouros públicos da capital também foram contemplados pela estratégia. “Em caso de detecção dos focos, será realizada a aplicação de inseticida afim de eliminar os criadoudos do vetor. As ações estão acontecendo estrategicamente em localidades onde apresentaram altos índices de infestação predial”, pontuou a gerente das arboviroses do CCZ, Isolina Miguez.
Somente em maio, a Prefeitura realizou cinco mutirões de limpeza nos bairros prioritários da capital numa parceria com a Limburb. Durante a intensificação, mais de mil imóveis foram visitados e 38 toneladas de lixo e materiais inservíveis foram removidos das localidades. “Intensificamos as visitas casa a casa, além de trabalho de manejo ambiental e de limpeza”, salientou a gerente das arboviroses.
O último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 09 e 13 de abril, apontou que o Índice de Infestação Predial (IIP) em Salvador passou de 1,8% (janeiro/2018) para 2,7%, ou seja, a cada 100 imóveis visitados, aproximadamente três apresentaram focos do mosquito.
O estudo revela ainda que o número de áreas com alto risco para epidemia das doenças transmitidas pelo mosquito no município, passou de 10 para 14 bairros. A localidade de Fazendas Coutos, apresenta o maior índice, 10,1%,. Por outro lado, a região de Brotas com 0,7 possui índice de infestação igual ou menor a 1,0%, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que significa dizer que não correm risco de uma epidemia da doença.
Casos das doenças - Apesar do aumento da infestação, Salvador tem apresentado queda acentuada no número de casos confirmados de dengue, zika vírus e chikungunya. Os dados apontam para a eficácia das estratégias aplicadas pelo ACE,s no controle da infestação pelo mosquito Aedes aegypti – que também é responsável pela transmissão do vírus da febre amarela, embora até agora só haja registros em micos e macacos – nos 12 distritos sanitários da capital baiana. Entre janeiro e abril deste ano, 143 casos de dengue foram confirmados contra os 327 do ano passado, uma redução de 56%. Em relação a zika, o registro foi cinco vezes menor, com 5 infectados até abril contra 35 no ano anterior. Já o número de pacientes com chikugunya chegou a 13 este ano, 41% a menos em relação ao primeiro quadrimestre de 2017, quando 22 pessoas tiveram diagnóstico positivo.
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