Agentes de endemias estiveram na Travessa São José para identificar e combater focos dos mosquitos transmissores da dengue e da chikungunya
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realizou, na manhã desta quarta-feira (8), uma ação para detectar, combater e exterminar possíveis focos do mosquito Aedes aegypti e o Aedes albopictus, causadores respectivamente da dengue e da chikungunya, na Travessa São José, em Matatu de Brotas. No local reside um menino de 11 anos que foi direcionado ao hospital com suspeita de chikungunya, possibilidade que foi descartada após exames médicos.
Nas proximidades da residência do pré-adolescente foi encontrado pelos agentes focos de mosquitos e situações possíveis para novos núcleos. Além da coleta de amostras para análise e do combate aos insetos, os moradores foram orientados sobre como armazenar garrafas e outros materiais para evitar novos focos de proliferação.
A mãe do paciente, Maria das Graças Santos de Almeida, afirmou que este é o primeiro caso de suspeita de dengue na localidade. “Achei que não era nada de mais, só que como as dores continuaram e já tinha uma semana. Levei ele ao centro médico mais próximo onde fez exames e foi medicado”.
O vizinho Jacinto Nunes acredita que este é um caso isolado porque eles sempre recebem a visita dos agentes e desabafou. “Outro dia eu esvaziei esse pneu que tava cheio de água, mas o dono não tem consciência. Sempre os agentes estão aqui, explicam a situação e ele não toma iniciativa. Deu nisso.”
Segundo o supervisor geral de combate a dengue do distrito do Centro Histórico, Alex de Jesus Santos, as ações são diárias e quase sempre se encontra ovos, larvas e a pulpa do mosquito em locais de difícil acesso. “Sempre orientamos a população, exterminamos os focos e as possíveis situações preexistentes. Não recomendamos, por exemplo, conservar plantas em vasilhames com água. Se for necessário, é de extrema importância que se faça a troca da água, no máximo, de três em três dias” esclarece Santos.
De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Isabel Guimarães, as ações são de rotina e seguem um plano de contingência, com visitas aos pontos estratégicos de forma quinzenal e bloqueio em casos de suspeita da unidade de saúde. Também é feito o controle focal (terra) para eliminar as larvas e o espacial (ar) com intenção de exterminar os mosquitos. São realizados, ainda, trabalhos de mobilização social e ações de atendimento à população em caso de denúncias, assim como o mutirão de áreas.
De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), realizado no período de 14 a 21 de agosto deste ano, Salvador registrou 1,8% de risco para infestação da doença, contra 3,2% registrado em março último. “O grande desafio agora é intensificar as ações para a chegada do verão, pois é quando aumenta o número de casos” ressaltou Isabel.
Tanto os mosquitos Aedes aegypti quanto o Aedes albopictus podem transmitir o vírus da chikungunya, e só o Aedes aegypti pode transmitir o vírus da dengue. Informações e denúncias podem ser feitas por meio do número 160 ou pelo telefone do CCZ, no (71) 3611-7308.
SMS
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