Em conversa por telefone com a viúva de Eduardo Campos, Renata, na noite de segunda-feira, 6, a terceira colocada da corrida presidencial, Marina Silva (PSB), comparou o apoio a Aécio Neves (PSDB) a um "caminho para a cruz". Amanhã, a coligação que apoiou Marina vai anunciar a adesão ao tucano.
Segundo uma pessoa próxima a Marina, ela disse que, após ficar de fora do 2.º turno, "dois caminhos" a "levam para a cruz e um para o inferno". A decisão entre ficar neutra, como fez nas eleições de 2010, ou apoiar Aécio seriam os dois rumos que lembram o sacrifício de Jesus Cristo. O "inferno" seria fazer uma aliança com o PT da presidente Dilma Rousseff.
Para aliados, depois dos ataques vindos da campanha petista no 1.º turno, tornou-se praticamente impossível apoiar a candidata à reeleição. Marina, que foi ministra do Meio Ambiente no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e filiada ao PT por mais de duas décadas, ficou profundamente magoada com os ataques dos antigos companheiros de sigla.
No domingo, em seu pronunciamento após o resultado da votação, Marina indicou que não ficaria neutra e que o brasileiro havia demonstrado nas urnas que não concordava mais com os rumos do atual governo.
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