Agente comunitário de saúde
No fim da década de
1980, o Ministério da Saúde implementou o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS),
como parte fundamental da construção do Sistema Único de Saúde (SUS).
A iniciativa
surgiu, naquele momento, em algumas áreas do Nordeste, Distrito Federal e São
Paulo. Em 1994, se expandiu para o Programa de Saúde da Família, que atualmente
recebe o nome de Estratégia de Saúde da Família. Dentro das
iniciativas citadas, a figura do agente comunitário de saúde aparece com o
objetivo de levar maior qualidade de vida e apoio às comunidades.
Para a presidente
da Associação de Agentes de Saúde do Pacoti, no Ceará, Maria Lurdes Frazão, o
agente é sinônimo de confiança dentro das casas que visita. “As pessoas criam
aquele carinho por nós. Tiram dúvidas e confiam muito no nosso trabalho”, diz.
A rotina do agente
de saúde
Feito isso, o
agente passa a acompanhar aquelas pessoas e a rotina delas. Uma vez por mês, o
profissional vai até a casa da família para checar a realidade do local. Os
agentes oferecem assistência e informação sobre diversas doenças e arboviroses (que são causadas pelos
chamados arbovírus, como o vírus da dengue, Zika vírus, febre chikungunya e
febre amarela). Entretanto, explica Maria Lurdes, muitas vezes o trabalho do
agente se estende por outras situações. No primeiro contato do profissional com
a família, ele leva uma ficha composta por diversas perguntas referentes ao
domicilio e a cada integrante daquela residência. O documento é um cadastro
familiar que funciona da forma mais detalhada possível, identificando se há
crianças fora da escola, jovens dependentes químicos ou pessoas com doenças
graves, entre outras situações.
“Quando vamos a uma
casa, estamos indo falar sobre essas enfermidades e sua prevenção. Porém,
quando chegamos lá, encontramos uma mulher grávida que não realizou o
pré-natal, uma criança que está sendo violentada ou uma pessoa que está com
transtornos mentais. Nesse momento entra o trabalho intersetorial, de atuar junto
aos outros profissionais de diferentes áreas, conselheiros, CAPS (Centros
de Atenção Psicossocial), enfermagem”, explica Maria.
Além da visita
feita mensalmente, em outra data, combinada no calendário, o agente comunitário
de saúde realiza uma nova visita com uma equipe composta, no mínimo, por um
médico, um enfermeiro, um auxiliar ou técnico de enfermagem, podendo ser
ampliada com profissionais de odontologia.
Como ser um agente
comunitário de saúde?
De acordo com o que
está previsto no artigo 3º (incisos l a lll) da lei nº 10.507/2002,
para atuar como agente, o candidato cumprir seguintes requisitos: residir
dentro da comunidade, ter concluído o curso de qualificação básica para a
formação de agente comunitário de saúde e possuir o Ensino Fundamental
completo.
O artigo 9º, da lei 11.350 estabelece a
contratação do por meio de um processo seletivo público de provas ou provas e
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade de suas atribuições e
requisitos específicos para o exercício das atividades.
“Após serem
selecionados por meio das provas, os agentes passam por esse curso de formação
que introduz as funções dos agentes comunitários, ele é obrigatório”, explica a
profissional.
“Vale ressaltar
também que nenhum agente pode atuar em outro lugar, apenas dentro da
comunidade, se ele está fazendo isso, ele está irregular”, afirma Maria Lurdes
– ou Lurdinha, como carinhosamente é chamada em sua cidade. E ela compartilha o
segredo de 27 na área para quem quer seguir a profissão:
É preciso ter o
perfil de uma pessoa bondosa, que quer ajudar o outro, que entende seus
problemas. O agente comunitário de saúde passa a ser parte daquela família.”
Falta agora falar de como e o dia a dia dia do do agente de Endemias que e itinerante e tem que trabalhar em bairros que não mora e é desconhecido em bocas de fumo e quando ele chega é visto como policial civil disfarçado ou P dois levando arma na cara.
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