27 maio 2016

Áudios apontam que MBL foi financiado por PMDB, DEM, SD e PSDB em atos pró-impeachment


Áudios apontam que MBL foi financiado por PMDB, DEM, SD e PSDB em atos pró-impeachment
Foto: Divulgação / MBL
O Movimento Brasil Livre (MBL) recebeu apoio de partidos como PMDB, DEM, PSDB e Solidariedade para realizar manifestações a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. Criado em 2014 como uma entidade apartidária, o grupo teria recebido apoio de legendas da oposição para impressão de panfletos, uso de carros de som e ônibus e pagamento de lanches. De acordo com o UOL, apesar de realizarem campanhas para arrecadação de dinheiro, os coordenadores do grupo também passaram a negociar a ajuda de partidos pelo menos a partir deste ano. Em áudios obtidos pela publicação,  um dos coordenadores nacionais do MBL, Renan Antônio Ferreira, diz a um colega do movimento que tinha fechado com partidos políticos para divulgar os protestos de 13 de março usando “as máquinas deles também". Em nota, Renan confirmou a autenticidade do áudio e informou que o comitê do impeachment tinha lideranças de partidos como DEM, PSDB, SD e PMDB. "As manifestações não são do MBL. 13 de Março pertence a todos os brasileiros, e nada mais natural que os partidos de oposição fossem convidados a usar suas redes de divulgação e militância para divulgar a data. Não houve nenhuma ajuda direcionada ao MBL. Pedimos apenas que divulgassem com toda energia possível. Creio que todos o fizeram”, justifica. Segundo o UOL, o PMDB, por exemplo, teria custeado a impressão de panfletos para o MBL divulgar as manifestações pró-impeachment ocorridas no dia 13 de março. O presidente da Juventude do PMDB, Bruno Júlio, informou que solicitou ao presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, que custeasse 20 mil panfletos de divulgação dos atos, com a inscrição "Esse impeachment é meu" – lema do MBL, estampado em camisetas do grupo. A assessoria de Moreira Franco nega. "O MBL auxiliou na logística, distribuindo os panfletos e colando cartazes, mas a Fundação Ulysses Guimarães pagou porque se tratava de uma campanha nossa, da Juventude do PMDB, que nós encampamos", explicou a assessoria de Franco, hoje secretário-executivo de um órgão do governo interino de Michel Temer. Posteriormente, ele negou que o pagamento tenha ocorrido e afirmou que nem Moreira Franco nem o PMDB jamais trabalharam em parceria com o MBL. O Solidariedade, contudo, confirmou o financiamento. "O apoio do Solidariedade ao MBL foi com a convocação da militância para as manifestações do impeachment, carro de som nos eventos e divulgação dos atos em nossas redes”, detalhou o partido em nota. Já o DEM informou que atuou em conjunto com o MBL, mas negou qualquer tipo de ajuda financeira ou apoio material ao movimento. "O Democratas se uniu aos movimentos de rua em favor do impeachment. Não houve nenhum tipo de apoio financeiro, apenas uma união de forças com os movimentos de rua, dentre eles o MBL", disse o partido. Em outra gravação, o secretário de Mobilização da Juventude do PSDB do Rio de Janeiro, Ygor Oliveira, dá detalhes a seus colegas de partido sobre uma "parceria com o MBL" para financiar uma manifestação que veio a ocorrer no dia 11 de maio, em Brasília, durante a votação no Senado que resultou no afastamento de Dilma Rousseff da Presidência da República. Oliveira confirmou a autenticidade da mensagem, mas disse que a "parceria" acabou por não se concretizar. "Isso foi um rascunho de uma parceria, que acabou não dando certo", afirmou. 
 
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