11 dezembro 2018

Violência no Posto de Saúde da Santa Cruz: A Aaces solidariza-se com os agentes de saúde e demais trabalhadores feitos reféns


O Centro de Saúde Osvaldo Caldas Campos, no bairro da Santa Cruz, passou por momentos de horror, no final da tarde de ontem (10), após suspeitos de troca de tiros com policiais entrarem  na unidade  e feito reféns pelo menos 15 servidores e pacientes . Dentre as vítimas, estavam cinco  agentes comunitários de saúde (ACSs), que já passam por situações violentas no campo de trabalho, e agora experimentam tal problema na própria unidade de saúde, e por esse motivo a unidade ficará fechada por tempo indeterminado.

A Associação dos Agentes Comunitários e de Endemias de Salvador (Aaces) lamenta profundamente o ocorrido e solidariza-se com os profissionais da saúde feitos reféns, sobretudo com os agentes de saúde. A entidade ainda denuncia que os servidores que atuam em unidades de saúde, frequentemente, tornam-se alvo de atitudes truculentas ou que atentem contra   sua vida, seja por parte de quem utiliza os serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), seja por ações de bandidos, como a ocorrida ontem. "Acreditamos que o poder público deva adotar estratégias de segurança preventiva, de modo que elimine ou amenize situações violentas contra os trabalhadores das unidades de saúde", desabafou Enádio, presidente da Aaces.

Infelizmente, as políticas públicas  para coibirem essa situação são tímidas ou mesmo inexistentes. O problema só ganha notoriedade quando ocorre alguma tragédia, mas nada de efetivo é providenciado. Há aqueles que apontam a violência como escala nacional para justificar a ocorrência das dificuldades enfrentadas pelos centros e unidades de saúde. Tal atitude não tem procedimento.  A ocorrência de violência que vitima  os profissionais de saúde pode ( e deve) ser reduzida a partir de aparato de segurança efetivo nesses locais. Pouca ou nenhuma resistência encontram bandidos e usuários agressores do SUS para agredir os servidores.

Há tempos que a Aaces aponta essa problemática aos gestores e, agora, irá intensificar as reivindicações, de modo que os agentes de saúde deixem de ser um trabalhador vulnerável às atitudes violentas no local onde exercem suas atividades. "Mais uma vez, nos solidarizamos com os agentes e nos colocamos à disposição", afirmou Cléber Bispo, diretor da Aaces. 




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