O Conselho Regional de Medicina do Estado
da Bahia (Cremeb) e o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia
(Sindimed) se reuniram, na tarde desta quinta-feira (3), em Salvador,
para oficializar o movimento Fora Barros, um protesto da classe médica
contra o ministro da saúde. O ato começou na Praça Eliana Kertész, em
Ondina, onde os manifestantes colocaram um caixão com a foto de Ricardo
Barros, e seguiu até a sede do Cremeb, na Barra.
Ao BNews, Tereza Cristina Maltez,
presidente do Conselho, afirmou que a manifestação da classe é contra a
postura do ministro, que tenta transferir para os profissionais de saúde
a culpa do caos que vive a saúde pública no País. A presidente disse
que as unidades estão despreparadas, com equipes incompletas e com falta
de pagamento.
O corregedor do Cremeb, José Abelardo
Meneses, explicou que a intenção do Conselho é chamar a atenção da
população para os fatos que continuam ocorrendo com o Sistema único de
Saúde (SUS). "É o único sistema no mundo que é universal e que não tem
médicos concursados, que não contratam regularmente os médicos e demais
profissionais de saúde. São todos contratos precarizados e, ao lado
disso, nós temos um ministro totalmente despreparado, insensível, que
não conhece as regras do SUS, não conhece nada de saúde e está jogando a
responsabilidade do mal funcionamento dos SUS nas costas dos médicos",
explicou.
O ato é nacional e reúne os Conselhos e
Sindicatos dos médicos de vários Estados, que cobram a exoneração do
ministro Ricardo Barros e uma solução para os problemas da saúde
pública. Francisco Magalhães, presidente do Sindimed, afirmou que o
ministro tem cada dia mais precarizando o SUS, transformando um
atendimento de primeira necessidade em secundária. "Agora mesmo ele
desativou um programa importante que é a Farmácia Popular, fora os
outros aspectos, ele comemorou a redução do valor que era empregado no
SUS. Todos os ministros, sem exceção, de todos os governos, cobravam
ampliação da verba para o SUS. O ministro entra com um único objetivo:
reduzir o valor que é gasto com saúde", afirmou.
O vereador César Leite também participou
do protesto e afirmou que a classe precisa de uma pessoa que tenha
atenção com a saúde, que saiba fazer gestão e que queira atender as
pessoas de forma respeitosa e digna, que possa levar atendimento à
população.
Fonte: Bocão News
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