A arrasadora derrota do Brasil para a Alemanha nas semifinais da Copa do Mundo não chocou apenas os torcedores brasileiros. A mídia mundial também mostra a surpresa e tenta achar explicações. "Ninguém poderia ter adivinhado as lágrimas que viriam antes do intervalo. Ninguém poderia ter imaginado que bandeiras seriam queimadas nas ruas antes do jantar. Certamente, ninguém poderia ter previsto que os torcedores brasileiros, assistindo seu time jogar em uma semifinal, considerariam sair do estádio muito antes do final do jogo." A descrição é do New York Times, jornal de um país que pareceu se render à magia do futebol nesta Copa. "O Brasil chutou a bola como se estivesse em estupor."
Para o britânico Financial Times, o país ficou chocado com o "show de horror" da seleção. "A humilhação do jogo sinaliza para o Brasil um final decepcionante para aquela que tem sido uma Copa do Mundo tranquila e virá como uma má notícia para a presidente Dilma Rousseff", diz a reportagem dos correspondentes. A presidente tornou a ser vaiada pelos torcedores, quando a Alemanha marcou o quinto de seus sete gols. Para o FR, Dilma estaria contando com o bom desempenho no futebol para "ajudar a enterrar a raiva dos brasileiros" quanto ao custo exorbitante dos estádios construídos para o evento.
O argentino Clarín classificou o vexame brasileiro como "Mineirazo", em referência à derrota para o Uruguai na copa de 1950, no Maracanã, que ficou conhecido como "Maracanazo". Frisando a expectativa pelo desempenho do time sem Neymar e Thiago Silva, o jornal diz que nem deu tempo de saber como agiriam os substitutos Bernard e Dante, já que "em menos de meia hora a Alemanha goleava e dava uma 'porrada' histórica" na seleção.
O também argentino Olé dedica quase metade da capa de seu website a falar da derrota brasileira. Para o correspondente do jornal, o resultado foi "tão ou mais humilhante que o Maracanazo".
Para o francês Le Figaro, foi uma "humilhação inacreditável", que destruiu a esperança brasileira de disputar a final no Maracanã. Humilhação também foi a palavra usada pelo inglês The Guardian, cujo texto aponta que a torcida já chorava desde o quarto gol alemão.
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